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Correio da Manha
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FACAS E FOICES PARA O MUNDO Sá Rodrigues Ernesto Pires, 79 anosErnesto Pires é o mais velho cutileiro de Verdugal, em Pêra do Moço, no concelho da Guarda, onde a profissão passou de geração para geração. Aos 79 anos, ainda passa os dias na empresa familiar, onde também trabalham os seus três filhos, que produz facas e foices. A fama das facas do Verdugal chegou longe, tendo em conta a actividade de Ernesto Pires e do seu irmão Adelino, já falecido, que criaram duas empresas que deram seguimento à tradição dos antepassados. “As facas do Verdugal são conhecidas nos quatro cantos do Mundo. Já por aqui passaram pessoas que dizem ter visto as nossas facas no estrangeiro. Os revendedores compram-nos o produto e são eles que o colocam no mercado”, diz Ernesto Pires. A arte da cutelaria também tem acompanhado o evoluir dos tempos, por isso, neste momento, a fábrica de Ernesto Pires produz 16 tipos de facas e onze de foices, dando-se até ao luxo de fabricar um tipo de foice que é exclusivamente comercializado nas zonas de Mira e de Tocha. Apesar da crise da agricultura , as facas estão sempre vendidas e as foices também Os clientes são sempre os mesmos e como o produto é de qualidade e a marca registada tem a comercialização assegurada. A actividade iniciou-se em 1948 e então só se fabricava um tipo de faca, mas agora a produção é de tal ordem que há variedade enorme. O único senão desta actividade, garante Ernesto Pires, é a concorrência desleal feita por artigos chineses. “Tanto a nível de foices como de facas, o que se passa é uma vergonha. Chegam a Portugal contentores de material que não paga imposto e depois nós é que temos dificuldades em colocar os nossos artigos no mercado, pois por serem de boa qualidade chegam mais caros às mãos dos consumidores”, protesta o cutileiro. Há vários anos que Ernesto Pires só fabrica facas e foices, mas lembra que no passado a sua oficina também fazia enxadas e machados. A arte que herdou do pai e que ensinou aos três filhos, tem segredos que não revela, mas sempre garante que é uma arte “que dá muito trabalho, porque as facas e as foices, até estarem concluídas, levam muitas voltas”. Hoje, a maquinaria dá uma grande ajuda, porque antigamente não havia electricidade e era tudo feito manualmente, como diz o artesão. As foices,Inicialmente são talhadas (a partir de uma barra de aço de carbono importado directamente da Itália), segue-se a marcação, a feitura da serrilha, a curvatura (em forma de lua), depois são amoladas, temperadas, polidas, levam o cabo em madeira e finalmente são embaladas. As facas dão menos trabalho. São feitas a partir de chapas de aço de carbono e de aço inox importadas de Espanha, que são cortadas numa máquina, consoante a medida das lâminas das facas. As tiras entram depois em moldes e “a cada pancada, sai uma faca”. Seguidamente levam a marca de fabrico e são furadas para posterior aplicação do cabo em madeira. Depois de furadas vão a temperar no forno trinta minutos e são amoladas. Segue-se o momento em que são afiadas, levam o cabo e finalmente são polidas e embaladas. O fabrico de artigos de cutelaria atinge uma grande expressão nas zonas Norte e Centro do País, com destaque para as regiões de Benedita (Alcobaça), Guimarães, Verdugal (Guarda), Mangualde (Viseu) e Miranda do Douro (Bragança). No entanto o número de artesãos tem diminuido nos últimos anos. )



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