Saw II – A Experiência do Medo
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Em primeiro lugar, é necessário lembrar que este filme é a continuação de um outro, Saw – Enigma Mortal, e como tal, é obrigatória a visualização do primeiro para poder ver este, uma vez que estão extremamente ligados como seria de esperar.
Saw II – A Experiência do Medo é a sequela de Saw – Enigma Mortal, desta vez realizado por Darren Lynn Bousman, realização essa que talvez tenha ficado um pouco atrás da realização feita por James Wan.
A história, começa com mais uma das típicas armadilhas levadas a cabo pelo nosso assassino Jigsaw, que mais uma vez testa alguém quanto á sua vontade de continuar vivo.No entanto esta nova vítima serve apenas para atrair até si, o detective Eric Mason que se vê obrigatoriamente envolvido no caso, por desejo do próprio assassino. Jigsaw é capturado, no entanto a história ganha nova vida, e o que Eric não estava á espera, é que o seu filho estivesse envolvido neste novo e inquietante enigma.
Desta vez, temos uma casa onde estão presas 8 pessoas que apesar de terem algo em comum, não o sabem, e que de repente se vêem envolvidas num jogo em que o prémio é a vida de cada um. Previsíveis, como se esperava, os habitantes da casa, acabam por mostrar que os nervos, o desespero, o querer continuar a viver os vai deixar em pânico, fora de si, incapacitados de raciocinar, e capazes de qualquer coisa. Os habitantes da casa têm duas horas, até um gás mortal que estão a respirar os matar, existe no entanto quantidade de antídoto suficiente escondido pela casa. Em vez de se unirem para tentarem chegar a uma solução juntos, o instinto de sobrevivência irá fazer com que uns mais do que outros se isolem, com o único pensamento de ou eliminar os companheiros da casa, á medida que os antídotos são destruídos e começam a escassear, ou de maneira pouco inteligente “atirarem-se” a esses mesmos antídotos, sem o mínimo sentido de organização e discernimento.
Confesso que acho o nosso vilão, Jigsaw extremamente bem representado, ele que está a morrer, consegue transparecer uma calma arrepiante perante a vida daquelas 8 pessoas que estão nas suas mãos, face a todo um cenário de terror e desespero que gira á sua volta. O detective Eric Mason por sua vez, envolvido numa teia de stress, ódio e desespero ignora completamente as dicas que Jigsaw lhe lança, e que o vai levar a um jogo do qual ele não precisava de jogar.
Gostei do filme!!! Recomendo-o apesar de achar que tem falhas e se calhar não são assim tão poucas. Encontrei assim alguns pontos fracos que me desiludiram um pouco, primeiro porque a história é muito parecida com a do filme “Cubo”, de Vincenzo Natali, depois porque as interpretações de alguns personagens deixam muito a desejar, entretanto um dos enigmas que Jigsaw lança logo no inicio e que deveria ter sido logo á partida explorado, uma das pistas mais importantes, só no final é entendida e por aquele que não prima pela inteligência, ultimo, porque as armadilhas e os enigmas são na mesma linha do primeiro filme. É claro, mesmo assim, tenho de confessar que gostei do filme, e á parte destes pormenores, acho que apesar de os enigmas não serem nada de muito diferente do primeiro filme, são em maior quantidade, o que dá para ter também um maior numero de cenas de suspense, de acção, tem detalhes espectaculares, com referências ao primeiro filme fantásticas, assim como o próprio fim da história, e com o mesmo pensamento: O que é que cada um está disposto a fazer para salvar a sua própria vida.
No conjunto tenho de dizer que gostei do filme, que fiquei até ao final sempre com uma sensação de terror, de antever cenas que iriam acontecer, de me arrepiar com a maior parte delas, e por fim no final do filme, o culminar de uma série de dicas, ideias, expectativas, medos que terminam de uma forma inesperada, brilhante e fabulosa. Por tudo isto e mais alguma coisa digo: Vejam o filme!
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