Os meninos Bandidos
(Fantástico - Rede Globo)
A matéria mostrda pela Rede Globo há uma semana causou impacto na opinião pública, talvez pela força das imagens mostradas.O fato é que o país e todo o cidão brasileiro já sabia que a vida desses menores não poderia ser diferente daquilo que foi mostrado pelo Fantástico. Todos os dias a imprensa escrita e falada denuncia as mazelas da realidade nacional como ropduto da desigualdades e das injustiças que campeiam soltas a vida da maioria dos brasileiros.As mais diversas denúncias são relatadas com seus pormenores, traficantes que mandam mais que o poder público em suas comunidades, a violência como lugar cumum e principalmente o crime, ganahndo status e glamour de atividade lucrativa e poderosa. Mas o choque de ver um menino que deveria estar na escola, declarando que quando crescer seu sonho é virar bandido, foi algo impactante, devendo no mínimo nos fazer pensar sobre suas razões inocentes. O descaso do poder público e das autoridades é inegável, mas a hipocrisia da sociedade deve ser observada com muita atenção. Não só as misérias materiais levam ao crime, pior que esta é a miséria afetiva do indivíduo, a indiferença e o desamparo. Sem pai e sob a proteção do bandido, a imensa maioria dos meninos entrevistados assumiram precocemente um papel que lhes foi legado pela degradação da família.Criados por suas heróicas mães que teimam em sobreviver, mas não abandoanm seus postos, os meninos fazem escola no crime. A família sempre foi e será a célula-mãe do indivíduo, na sociedade a sua organização raíz, responsável pelos conceitos mais íntimos que incorporamos ao longo da vida. O esfacelamento desse núcleo protetor é a perda do fio da meada dos destinos do homem. A revolta dos meninos bandidos, pela ausência da figura do pai, mostrou uma ferida aberta que ´sangra mais que bala de policial e de bandido. A família brasileira precisa ser repensada com urgência, os papéis de seus membros precisam ser redefinidos, principalmente o papel da figura do pai.A ele sempre foi dado o direito de partir, do rompimento com a prole, o rompimento afetivo com os filhos, transparecendo no contexto dos falcões, que os filhos são frutos da geração exclusiva de suas bravas mães. A grande interrogação é a origem do crime e principalmente o que leva um menino inocente ao mundo do crime. O que seria mais nocivo nesse contexto em que a miséria afetiva, que a indiferença e o desamparo são patrocinados pela aceitação com naturalidade de uma sociedade machista e filha de ninguém?
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