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Manoel de Barros, semente, flor e fruto da poesia brasileira.
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Manoel de Barros é um dos maiores prêmios que o Pantanal mato-grossense deu ao Brasil. É um dos mais importantes brasileiros em atividade na literatura nacional. Vê-lo brincar com as palavras, até hoje, me anima a mostrá-lo na sua reconstrução do mundo.
Falo de um autor que sempre escreveu de uma maneira bem particular, com uma linguagem característicamente sua. Publicando, agora, "Memórias inventadas - A segunda infância", mostra aos leitores o grande menino que se esconde nos seus 90 anos. Revive, saudosamente seus tempos de criança.São textos autobiográficos (17 textos) que nos levam, poeta e leitores, a relembrar os nossos bons tempos. Linguagem simples, delicada, transbordando sensibilidade. Emoções que se foram, mas que ficaram eternas. Manoel de Barros é todo coração, batendo forte e vivo. Cenários, imagens que surgem do fundo de um passado. E que estão cada vez mais vivas, nesse senhor quase centenário. Para nós, leitores, é um momento de paz. Sonhar com o que fomos. Lembrar aquilo que fizemos. Trazer dias inesquecíveis que ficam guardados, adormecidos. E que ressurgem nas páginas desse encantador trabalho.
Prosa e poesia se misturam. E ativam nossa memória. Haja coração para lembrar com saudade. ..
O livro mostra o autor filosofando nas peraltices de sua infância. Mesmo coisificando o dia-a-dia quando pequeno, ele, simbolicamente, se renova nas lembranças. Viver é reviver o passado, renascer ao som dos gritos de menino.
Com uma linguagem particular, o poeta registra lampejos da sua vida. É como se buscasse aqueles dias nas palavras certas do dicionário dos meninos: água, pedras, chão, árvore, passarinhos, rã, sol, borboletas... A riqueza nas construções frasais mostra-se em toda a sua essência e exuberância. Só mesmo essa criança de noventa anos para imaginar um besouro de olhar ajoelhado ou uma fivela de prender silêncios... Uma sensibilidade dessas nos faz lembrar de Guimarães Rosa, aquele brasileiro-mineiro que nos encanta, que conta encantos em seus contos.
Mas, agora, falo de Manoel de Barros, um sábio. Um mágico das palavras que mistura a beleza e a memória dos tempos de infância, trazendo-os à flor da pele de cada leitor.
Não é de arrepiar?



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