Reportagem que fere...
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A revista Veja publica nessa próxima semana um artigo que nos emociona. Quem escreve é Lya Luft, sobre o documentário envolvendo crianças no tráfico.
É uma situação triste e arrepiante. Crianças que testemunham, com frieza e dor no olhar, tudo o que vivem. Inocentes que se embalam na droga para fugir da vida miserável.São seres humanos sem rumo, que almejam casa, comida, escola e ... um colo. Não conhecem o pai, não sabem da mãe. Desesperadamente, tornam-se viciados, armados, matadores, infelizes. A idade não importa. Talvez, se morrerem, descansarão mais cedo!
É triste não poder fazer algo imediato para solucionar esse drama. Quem sabe, escrever e escrever cada vez mais sobre esses pequenos sem esperança.
Cada um que ouve e vê tudo isso acontecer, se desespera. Abre-se uma ferida em nossos corações. É como se fôssemos diretos responsáveis por uma situação tão alarmante. Quem sabe mais infra-estrutura nos morros? E mais escolas? Escolas com período integral para que essas crianças conheçam o melhor, o lado bom da vida.
Percebo que os governos precisam pôr a educação como prioridade. De fato. Não apenas nos palanques e nos discursos. Essas infelizes crianças conhecerão ações efetivas para que as drogas saiam definitivamente das suas vidas. Uma corrente única, que envolva sociólogos, religiosos, psicólogos, professores, médicos, policiais, que trabalhe diariamente, insistentemente.
Meninos e meninas inocentes podem e devem crescer naturalmente, deixando que suas vidas floresçam! Não nos assustarão mais. A emoção virá com os seus progressos, com um desenvolver pleno, do jeito que sempre foi. Não desse jeito horrível que a vida, hoje, está lhes impondo. Conforto, carinho, educação, é o que lhes basta para deixar de sonhar com a morte, depois das sessões de agulha, de cheiro de cola, do tiro dado e recebido.
Que o incômodo dessa reportagem nos marque muito, para que nossos braços não se cruzem.
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