A Busca do Conhecimento
Conhecer, se informar e debater idéias em ambiente descontraí­do. Essa é uma postura que vem se ampliando entre as pessoas que querem estar bem informadas. Numa era em que a Internet torna cada vez mais rápida a informação, atualizar-se é uma necessidade de convivência; é, também, um traço social do pernambucano: se manter ligado com temas contemporâneos e discutir aspectos da cul­tura, da arte, da história, da música, da psicologia. Trata-se de abordar a vida e o cotidiano nas dimen­sões mais sensíveis do conhecimento. E enriquecer, de forma leve e confortável, as experiências individual e coletiva.
É, certamente, a curiosidade humana a responsável pelos maiores feitos históricos e tecnológicos de todos os tempos. A busca incessante pelo conheci­mento dita moda, promove revoluções, modifica e evolui o homem e a sua descendência.
A informática e a tão falada globalização não im­pediram que as pessoas continuassem buscando o inusitado, o conhecimento acerca de sua história passada e futura e o aperfeiçoamento como indi­víduos, através da convivência com seus pares.
Essa busca não poderia ter passado ao largo de um Estado que sempre foi considerado um caldeirão cultural, de onde surgiram alguns dos mais instigantes personagens da cena contemporânea nacional, como Gilberto Freyre, Barbosa Lima Sobrinho, Manuel Bandeira, Francis­co Brennand, Nelson Rodrigues, Capiba. E por que não citar aqueles que fizeram de Pernambuco sua casa e aqui desenharam suas vidas, como o mestre Ariano Suassuna, dentre tantos outros?
Parodiando o poeta pernambucano Carlos Pena Filho, que escreveu: “(...) É do sonho dos homens que uma cidade se inventa”, um empresário hoteleiro, José Otávio Meira Lins, e um executivo da área educacional, Luiz Otávio Cavalcanti, acreditaram que o Recife necessitava de um lugar dedicado ao aperfeiçoamento das pessoas como indivíduos em seu conteúdo humano e cultural. Assim, juntaram esforços e fundaram um espaço dedicado à disseminação da cultura, a partir da interação entre pessoas com mesmos objetivo e interesse. Convidaram, então, para participar do projeto, mestres renomados em cinco assuntos: História da Música, com o maestro Cussy de Almeida; Filosofia — Os Grandes Pensadores, com Jesus Vasquez; Psicologia do Cotidiano, abordando O casar e descasar, com José Carlos Escobar; História do Cinema, com Alexandre Figueiroa; e Arte do Século XX, com Maria do Carmo Nino. Uma grade de assuntos e mestres nada convencional e que não se encontram juntos em nenhum outro lugar.
O nome? Livre Saber. O objetivo? Ser o primeiro espaço dedicado à convivência e ao debate sobre assuntos interessantes, que ampliem e diversifiquem a cultura geral dos participantes. Nada muito complicado ou formal para quem tem a cabeça aberta para absorver novas informações ou novas interpretações para velhos conceitos.
Já iniciando sua segunda turma em agosto, o Livre Saber funciona no MarOlinda Residence, em Boa Viagem, em espaço totalmente reforma­do para atender ao curso. Localizado no último andar do hotel — que expõe mais de duzentos quadros e esculturas de pintores pernambucanos —, um lounge — com espreguiçadeiras, poltronas confortáveis, pufes, so­fás, café-bar para o serviço de cappuccino, petits fours, refrigerantes etc. — acolhe os participantes, que têm em seus currículos as mais variadas profissões. O ambiente, de extremo bom gosto, preserva um clima intimista, permitindo que o grupo relaxe e circule até o momento do início da aula, se é que se pode chamar de aula um momento de imersão na mais elaborada cultura. O grupo, que, a princípio, pode parecer demasiadamente heterogêneo, interage de forma exemplar e democrática, pois, apesar das diferenças profissionais, de faixa etária e de formação cultural, existe um único objetivo, que é absorver cultura. Os alunos não precisam, necessariamente, de lápis e caderno, até porque os encontros acontecem como bate-papos informais, com apoio de recursos como DVD, datashow etc. O indispensável é ter curiosidade. “Propomos a lapidação do espírito e chamamos guias para essa tarefa, experts que sabem transmitir conhecimento como se estivessem conversando com velhos amigos”, explica José Otávio Meira Lins, um dos coordenadores, ele próprio colecionador de obras de arte, divididas entre as paredes de sua casa e dos quartos e corredores do hotel. Maiores informações pelos telefones 3325.5825/3325.5200, ramal Livre Saber. Site: www.livresaber.com.br - E-mail:
[email protected].