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Armamento
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Durante a semana que passou, estivemos atentos à invasão que o exercito promoveu nos morros da Providência, da Mangueira e do Complexo do Alemão, no estado do Rio de Janeiro. Segundo a imprensa, os morros foram tomados na tentativa de resgatar as 11 armas que teriam sido roubadas de um quartel da região.
E quem acredita nisso? Vejamos as proporções do motim. O que são 11 armas para um país onde o congresso nacional rouba milhões, trilhões etc? Diríamos que o ocorrido não tem uma causa justa, ou seja, não é este o motivo da invasão. Sinceramente, uma atitude destas nos remete à invasão do Iraque. Os EUA invadiram aquele pequeno país, pois lá estariam produzindo ogivas nucleares.
Exatamente três anos depois da invasão, após assassinarem milhares de civis, nenhuma ogiva nuclear foi encontrada. Da mesma forma nos morros cariocas, depois de aparecerem inúmeros feridos e alguns mortos, o exército bate em retirada, dizendo que estão mudando de tática. Sua tática não será mais de invasão, agora estará atuando de modo pontual, de forma estratégica. Ou seja, matando um aqui, outro acolá, sem demonstrar sua força de represália.
As 11 armas foram capazes de movimentar as forças armadas do país. Ora, seria um grande contra-senso, pois não se trataria de uma guerra ou conflito de grandes proporções se não fosse um fato determinante. O episódio destas armas terem sido roubadas de um quartel. Como? De que forma? E a segurança? Aí estão as questões mais intrigantes.
Pois, como qualquer brasileiro sabe, todo quartel está cercado de seguranças, ninguém entra sem antes passar por inúmeras guaritas, por inúmeros soldados que têm ordem de atirar em qualquer indivíduo que não se identifique. Ou seja, alguém conseguiu burlar essa segurança. Mostrando a todo o mundo a vulnerabilidade do exercito brasileiro. Que guerra poderá vencer um país que possui um exercito tão vulnerável?
Ferido o orgulho militar, fez-se necessário a invasão. É preciso mostrar quem manda! Por isso é preciso invadir algum morro, atirar para cima, por medo na população. Nada mais que a velha tática já utilizada pela ditadura militar, com a finalidade de afugentar aqueles que possam vir a pensar de modo distinto, pois onde falta a inteligência se aplica a autoridade e a valentia. Alguns dias depois, descem os militares com o rabo entre as pernas, dizendo mudar de idéia, com novos planos e intentos.
O roubo das armas não é o mais importante, nem querem resgatá-las, pois seu valor de mercado não é alto, se fosse assim, a autoridade militar já teria invadido Brasília. Já pensou, quanto armamento o exército poderia adquirir com o dinheiro que alguns deputados desviam todo mês?
Pode ter certeza que seriam milhares. E quantos não poderiam ser adquiridos com a aposentadoria que os deputados estão pleiteando com medo de serem caçados ou não conseguir a reeleição? Militares, invadam Brasília, afinal não há tanta possibilidade bélica em todo país como existe lá!



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