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Uma Vida sem Saida
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"Centenas de idosos em todo o País demoram-se pelas camas dos hospitais depois de receberem alta. Esmagados pela solidão, esperam e desesperam pela família que não têm ou nunca mais chega. E pelo apoio social que tarda."


Existem centenas de casos de abandonos de idosos no País, deixados em hospitais, com um suporte familiar mínimo ou nulo. No Hospital Curry Cabral, em Lisboa, são actualmente oito os internamentos problemáticos, quase todos com mais de 70 anos.

A idade mostra ser não um sinal de sabedoria como era considerada nos tempos antigos, mas sim de decadência, não tanto pelo idoso mas sim por aqueles que o rodeiam. São doentes crónicos, em situação de dependência, que se transformam em casos sociais quando recebem alta clínica e ninguém os vem reclamar.

O tempo vai passando e eles vão ocupando as camas dos hospitais, á espera de alguém que nunca vai chegar. Alguns têm família, mas que não têm condições para receber os idosos, outros são viúvos, não têm filhos e como consequência também não têm ninguém que os ajude, e por fim temos aqueles que são considerados um farto para a família, e muitas vezes pelos próprios filhos.

O ritmo de vida que temos nos nossos dias, não permite ter um idoso doente que precisa de cuidados constantes em nossa casa. “As famílias estão demasiado sobrecarregadas e não têm capacidade de resposta. É insustentável ter um idoso crónico em casa.”
Chegamos ao ponto de abandonar-mos um parente, um pai, um avô, um ser humano, como nos podemos admirar de abandonarmos animais?

Quando nascemos, os nossos pais, passam noites sem dormir, tratam de nós, vestem-nos, lavam-nos e dão-nos de comer, fazem tudo sem pensar na retribuição que um dia devem ter, fazem porque nos amam, porque saímos deles e porque somos seus filhos. Agora expliquem-me como é que é possível, e como é que alguém tem coragem de deixar uma pessoa, seja parente ou não, no hospital, sabendo que não a vai buscar.

Que valores são estes agora, que não dão o mínimo sentido de valor á vida humana, uma pessoa não é um objecto ou um trapo que se deita fora. Infelizmente as ajudas são pouquíssimas, mas estes casos, os lares são caríssimos, os que são mais baratos das duas, uma, ou não têm condições ou não têm vagas. Damos por nós a tentar fazer ginástica ao dinheiro, ou ás nossas vidas, para tentar dar um final de vida minimamente digno a alguém que já fez o seu papel na nossa sociedade e que merece descansar em paz. No entanto é nosso dever fazer isso, é nosso dever não abandonar alguém que já fez sacrifícios por nós, e mais importante do que essa troca de favores, é o facto de estarmos a falar de seres humanos, estamos a falar de um ser vivo, por isso, é bom que comecemos a tomar consciência disso.



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