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Opostos não contrários
(Dennys Robson Girardi)

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Opostos, não contrários Que seria isto, vida e morte? Seria alguma coisa? Como coisas (entes), objetos que se dão aqui e acolá? Creio que estejamos entrando numa dinâmica cíclica, profunda e assentada. Dinâmica na qual "tudo se reúne na circunferência do círculo". Nascimento e morte, morte e vida, nada mais são do que o mesmo. Ao dizer isso, percebo o estranhamento que há. O leitor pode dizer-me, como são "o mesmo"? Em que consiste isso? Nossa razão ocidental, grega, segmentou e distinguiu tudo. Não conseguimos ver o profundo da concreção humana e nos perdemos no permeio de mecanismos vazios. Tudo foi segmentado, o homem foi segmentado, a vida foi segmentada. Os opostos tornaram-se contrários. Nós dividimos tudo. Dividimos o corpo da alma, separamos a vida da morte, criamos inúmeros graus de coisas e esquecemos um princípio vital, de que "Tudo está em tudo". Assim, morte e vida nada são além do mesmo. Deus e homem, homem e Deus, na circunferência deste círculo se encontram como o mesmo. Mesmo não querendo, somos participantes desta natureza divina. Como Cristo nos lembra: "Eu e o Pai somos um". Nossa vida, hoje, resume-se a um relógio. O relógio nos rege, minutos e segundos. Não vivemos, Cumprimos horários. O caminho espiritual desconhece este tempo cronológico, ele se atina ao Kairótico da existência, a tudo aquilo que é intenso e verdadeiro, uma claridade que brota de um árido e profundo abismo. Creio que o "caminho" esteja na capacidade de superarmos todas estas diferenças. Essa superação não deve ser intelectual, mas espiritual, a qual não se dá por meio de palavras, mas por meio de uma experiência puramente mística, de um profundo e estrondoso silêncio. Que não chega a nós pelo acaso, mas que deve ser constantemente buscado, que deve ser conquistado. Mas onde podemos encontrá-lo? Diria, que encontramos na mente ordinária do dia-a-dia. Aí se encontra o "Tao" (verdadeiro caminho), no levantar, lavar o rosto, o café da manhã, as flores do campo, as árvores, os pássaros. Nada mais, além do mesmo. Vida e morte. Morte e vida. Nascimento e Ressurreição. Vida eterna. Que outra coisa é tudo isso, senão nossa vida cotidiana. A busca pela essência da existência humana consiste na aproximação, cada vez mais, da divindade, daquele que É - YHWH. Os orientais têm um grande privilégio, a meditação, espaço-momento frutuoso de encontro com essa realidade, que chamamos de YHWH (JAVÉ). Na meditação (contemplação) o homem se coloca à inteira e total disposição para compreender tudo. Para encontrar tudo. Na meditação nos colocamos à disposição para ouvir, e no silêncio aquele que é, como num estampido, se revela como iluminação, NIRVANA. Ah, que saudades da minha experiência, diria qualquer místico. Uns, ao recordá-la choram amargamente, outros saltitam de alegria, mas todos sentem saudades. Momento único, vibrante e felicíssimo, feito a duras penas, mas vigoroso naquilo que tem de mais precioso, o encontro. Este encontro com a divindade imprime uma marca indelével, só por meio é que se chega a clarividência de que "TUDO ESTÁ EM TUDO", morte e vida são um.



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