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simbólico / Diabólico
(Dennys Robson Girardi)

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Hoje trazemos à baila um tema que permeia os tempos, as culturas, as tradições e as religiões. Colocamos em questão as diferenciações que marcam aquilo que constitui as relações humanas em suas dinâmicas de união e divisão.
Muitas vezes ouvimos falar de símbolos, de uma realidade simbólica. Mas o que é o símbolo? Em grego, seria a união de duas palavras "Sin" (junto, perto, ao lado) + "Bolós" (levar, movimentar, trazer, bailar), que numa leitura imediata quer dizer: trazer para junto. Assim, todo símbolo tem por função trazer o que representa. Nenhum símbolo é o que representa, mas de algum modo, faz presente aquilo que indica. Como uma imagem sobre a mesa da casa de uma família, de modo algum aquele objeto é divino, mas é sagrado na medida em que traz presente a fé daquele que o depositou lá.
Também está presente nas diversas culturas a realidade diabólica. Não se trata de uma personificação do mal, como faz uma fé mais simplória e menos depurada. Mas sim de um movimento oposto ao do símbolo. Do grego, diabólico seria a junção de "Dia" (longe, distante, fora de) + "Bolós" (levar, movimentar, trazer, bailar), ou seja, dividir, separar, levar para longe. Assim, toda atitude de divisão, de separação, é uma atitude diabólica. Há no grego a palavra "daimon", algumas vezes traduzidas por demônio, mas que nada mais é do que uma força de ebulição, uma força interna que leva as pessoas a fazer o que deve ser feito, uma inspiração.
O cristianismo, sob influência persa, se torna dualista a partir do IV século. Não que não houvesse o mal, mas este não era regido por uma entidade, como foi chamado de demônio. Na verdade o cristianismo primitivo tinha somente Javé, seu filho Jesus e o Santo Espírito. Na Idade média emerge a figura do diabo, como aquele que tenta os homens contra Deus. Surge então uma teologia do medo do mal. O mal deixa de ser fruto da opção humana, passando a ser fruto da tentação de um deus menor, muito poderoso, chamado diabo.
Hoje, buscamos uma vida mais simbólica, regida pelo "Símbolo". Sem toda a ação diabólica. Nossa felicidade está naquilo que conseguimos fazer sem a divisão, sem as desavenças e separações. Toda divisão é fruto de uma ação diabólica, a divisão parte de um dualismo que gera inimizade e desamor. O desamor cristão está fundado em seu dualismo intrínseco, pois essa divisão gera dois caminhos, duas verdades, dois pontos de vista. Onde cada um é certo de suas certezas e cada um tem toda razão naquilo que diz e faz.
Vemos surgir lentamente o amor por um Ecumenismo, por uma união religiosa, sem que haja a diluição de diferenças. Os opostos passam ser entendidos como nuanças de uma mesma realidade, sem que sejam tidos como contrários. Caminhamos rumo ao símbolo, à compreensão de um cosmos universal, onde o homem se percebe como instrumento de união e amor, onde o ser humano e a divindade têm seu espaço garantido e convivem em total harmonia.



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