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Deficientes
(CNBB)

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Deficientes


“Levanta-te e vem para nosso meio!” Com esta frase, Jesus chama o deficiente que esmolava diante da Sinagoga. É importante ouvir bem esta frase para entender o movimento que se dá neste gesto, pois a cura que Jesus promove não é uma cura puramente física e corporal, mas uma cura social. Ao chamar o esmoler para o seio da comunidade, ele rompe com os padrões e apresenta-o para todos como membro efetivo, pois diz: “Vem para nosso meio!”.
Qualquer um que é convidado para vir para o meio é chamado a ser igual. Contudo quem exclui os deficientes? Quem faz deles diferentes? Parece-nos que são duas iniciativas distintas. De um lado, os deficientes são excluídos por serem considerados inaptos para algumas tarefas. Mas por outro lado, mais comum, é a auto-exclusão, onde eles se afastam dos demais e até utilizam sua diferença para conseguir vantagens. Esta auto-exclusão se dá por uma auto-piedade e, muitas vezes, com o intuito de utilizar sua diferença para alcançar vantagens.
Neste ano de 2006, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) está assumindo a questão dos deficientes como motora da Campanha da Fraternidade. A campanha deste ano quer apresentar e trazer para o meio da comunidade os irmãos que se encontram em situação de exclusão por causa de suas deficiências.
É importante deixar de encarar a questão pela ótica assistencialista, mas mostrar o quanto são capazes de participar da vida comum. E como o Cristo, traze-los para o meio da comunidade. Somente assim, no seio da comunidade, surgirá a compreensão de igualdade. Essa compreensão requer empenho e dedicação de ambos os lados.
O deficiente tem de passar a sentir-se integrado aos demais, percebendo-se normal, deixando de lado sua auto-piedade e a acusação que deveras impõe sobre os não deficientes, como se todos tivessem o dever de arcar com suas dores. Para que haja uma inclusão efetiva é necessário que os deficientes passem a se entender como iguais, de modo que não se prendam às suas deficiências, mas assumam cada uma delas como integrantes de si e façam delas molas propulsoras para sua integração na sociedade.
Os não deficientes devem estar abertos para recebe-los, como naquele dias estavam os irmãos no templo. Veja que Jesus em nenhum momento pede que tenham pena deles ou que fiquem chorando por eles. Jesus sempre impõe uma condição que deve ser assumida por ambos. Ele chama o deficiente para o meio. Assim, os deficientes devem entender-se como membros e os demais recebe-los como tal. Nesta dinâmica a comunidade cria um movimento próprio onde os diferentes são iguais, pois há um ideal único que os integra. Não é somente uma dinâmica assistencialista de dar uma cesta básica ou de oferecer um agrado a alguém, mas uma dinâmica de integração e responsabilidade, uma dinâmica efetivamente cristã, pois exige a mudança de ambos.



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