Artigo
(Sarah Figlio)
TERAPIA GENÉTICA E O NOVO MEDICAMENTO PARA A DOENÇA DE ALZEIMER.
Entre 18 e 25 milhões de pessoas sofrem da doença de Alzeimer no mundo inteiro. Esse número tende a aumentar à medida que a população envelhece e pode che- gar a 30 milhões em 2010. A pesquisa sobre o tratamento realizado pela equipe de neurologista Mark Tuszynski, da Universidade da Califórnia, removeu células epiteliais de oito portadores da doença de Alzeimer inserindo nessas células cópias de um gene que contém o código de uma proteína chamada de fator de crescimento dos neurônios (NGF), ou seja, contém as instruções para a produção dessa proteína. Os cientistas acreditam que a NGF pode proteger os neurônios – as células nervosas – e evitar que elas morram. A equipe de Tuszynski injetou as células geneticamente modificadas com a NGF diretamente no cérebro dos pacientes. Depois de aproximadamente dois anos, os pacientes foram submetidos a uma tomografia por emissão de pósitrons (Pet), técnica que rastreia a atividade cerebral em diversos pontos, e a testes psicológicos, de modo a detectar qualquer alteração no cérebro ou ritmo de degenerescência dos processos cerebrais. A Pet mostrou o aumento de atividade total no cérebro de todos os pacientes. A degenerescência mental diminuiu 40% em relação ao ritmo que se apresentava antes que a terapia genética fosse administrada. O único tratamento atualmente empregado contra a doença de Alzeimer é medicamentoso e reduz o ritmo do declínio em apenas 5% num período aproximado de seis meses. Até 2003 o tratamento contra o mal de Alzeimer se fazia com medicamentos capazes de lidar com os sintomas leves a moderados da doença, como a desorientação e, 70% dos portadores de Alzeimer sofrem de demência moderada à grave. Entre 2003 e 2004 a Food and Drugs Administration (Órgão regulador de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos) aprovou 36 novos fármacos entre eles a Memantina (comercializada com o nome de Namenda) usada para o tratamento da doença de Alzeimer. Esse novo medicamento foi criado para o tratamento da doença em estágios moderados e graves. A idéia é controlar problemas como perda de memória, transtornos de raciocínio e capacidade de julgamento, desorientação, distúrbios da linguagem e incapacidade de executar tarefas rotineiras. A Memantina se propõe à acalmar a atividade cerebral bloqueando aa ação dos neurotransmissores excitatórios no cérebro. Nas atividades cerebrais normais, são liberadas pequenas quantidades desses neurotransmissores. A doença de Alzeimer faz com que os neurotrasnsmissores sejam liberados em excesso, o que leva à degenerescência (perda das qualidades ou características primitivas) cerebral e a demência. A Memantina tem poucos efeitos colaterais, sendo por isso uma droga relativamente segura. Casos de tontura, confusão mental, dores de cabeça e constipação foram registrados em alguns pacientes. A ação da Memantina pode sofrer intervenção de alguns medicamentos como Tagamed, Zantal, Amantina, Ketamina e alguns diuréticos. À expectativa de novas pesquisas que possam estabelecer um tratamento para coibir a degenerescência cerebral, estão todos aqueles que já convivem com a doença (através de parentes, amigos, etc.) e aqueles que estão envelhecendo. BIA BRAZ.
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