qualidade ou quantidade na avaliação?
(jussara hoffman)
O referido texto é uma análise das múltiplas dimensões da avaliação partindo da análise do sistema de atribuição de notas.
A autora afirma o quanto o sistema de notas aritméticas pode prejudicar até mesmo adiar a resolução muitos problemas educacionais do educando; uma vez que neste sistema arbitrário o aluno não tem como analisar ou dialogar sobre a qualidade e a significância da correção feita pelo professor.
A quantificação utilizada na avaliação considera somente os aspectos do desempenho escolar que podem ser numerados, desconsiderando as maneiras de sentir e de agir dos estudantes.
A autora propõe uma avaliação mediadora que se baseia em registros individuais dos alunos feito pelo professor, explicitando assim o grau de profundidade das aprendizagens de cada um no processo de construção do conhecimento.
A avaliação mediadora conduz o educando a uma evolução no seu conhecimento, enriquecendo suas informações e argumentos, havendo um maior entendimento sobre os temas propostos e por fim uma maior precisão em suas tarefas e pensamentos.
Sabe-se que a avaliar é uma tarefa complexa e requer bom senso e responsabilidade, por isso o professor através da avaliação mediadora terá um olhar mais reflexivo e interpretativo de sua ação pedagógica e dos atributos individuais de seus educandos. No entanto, se faz necessário ao professor um próprio julgamento sobre o quê se observar para não tomar decisões pedagógicas que desrespeite a individualidade do educando.
O educador precisa está consciente que os critérios a serem observados são contextualizados e específicos para cada turma, em cada tempo escolar e principalmente para cada projeto pedagógico envolvido. Contudo, há fatores que interferem nos juízos avaliativos do professor, tais como:
· Interpretações que generalizam todas as situações;
· Expectativas ultrapositivas e ultranegativas relacionadas a determinados alunos;
· O foco em aspectos relevantes ao professor;
· A trajetória escolar do aluno.
O importante nisso tudo é que o avaliador tenha sensibilidade, conhecimento, experiência docente para lidar com a multidimensionalidade da avaliação e que independente do critério utilizado, o mesmo não é totalmente esgotável; há sempre a diversidade do contexto do educando.
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