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De Vita Beata -Sêneca
(Tradutor Luiz Feracine)

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DE VITA BEATA - SÊNEGA


Conflitivo e polêmico, o texto escrito no primeiro século de nossa era assinala a distinção que o separa de outros livros do mesmo pensador ibérico-romano; todos eles escritos em clima de serena reflexão com perspectiva de desenvolver princípios da filosofia ético moral da qual Sêneca era adepto.
Na primeira parte, o autor ocupa-se longamente na análise criteriosa de conceitos referentes aos temas que fundamentam o estoicismo tais como os de virtude, prevaricação, liberdade, razão, bem, honestidade, sumo-bem e felicidade.
Apresenta o conjunto conceitual relativo à essência, à causa e aos efeitos de uma existência realmente feliz, não na perspectiva dessa ou daquela ideologia, mas, sob o enfoque específico da filosofia ético moral, no plano metafísico que é diverso de qualquer projeção meramente sociológica.
A moralidade do agir humano se presta pela racionalidade assessorada pela vontade livre.
Segundo ele, o princípio básico que comanda o comportamento consciente e livre do homem edita ser a felicidade existencial uma decorrência da adequação com a própria natureza.
Daí apresenta as condições preliminares para consecução efetiva da felicidade; estabelece: ser dotado de mente sã e estar em posse dessa mesma sanidade.
Revela ainda, algumas características dessa felicidade: fortaleza a toda prova; paciência espontânea; abertura para circunstâncias; cuidado pelo corpo, mas sem ansiedade; estar voltado, com carinho, para tudo o que promove a qualidade de vida, sem submissão cega aos caprichos da sorte ou as paixões.
Assim ele representa o homem realmente bom naquele que cultiva a honestidade que se sobrepõe às futilidades. E assegura: “Pode-se dizer que feliz é quem, mediante a razão, não tem temores nem paixões”.
A segunda parte do livro versa em torno da acusação que pesa contra Sêneca; sendo ele detentor de posses volumosas oriundas de sua amizade com o imperador Nero do qual fora preceptor e conselheiro, e que contrasta com a doutrina propagada por sua filosofia de moderação.
Alguém de projeção social, com intento maldoso de desmerecer, propala aos quatro ventos que Sêneca prega uma doutrina distante de sua vida.
Sêneca está ciente de tudo, seu nome é matéria excreção pública, mas apesar disso ele prefere conduzir o debate em nível de análise filosófica.
Em defesa ele não nega as próprias incoerências nem esconde seus defeitos. Não quer ser modelo e pede que não se confunda a filosofia que ele professa, defende e ensina, com sua vida particular. Ele se sente feliz pelo fato de já saber onde está o sumo-bem e, persegui-lo, ainda que a passos trôpegos.
Ele consubstancia um primoroso curso de filosofia moral. Sêneca tem a perícia magistral de contornar as asperezas de conceitos abstratos e metafísicos, revestindo-os, magicamente, com elegância aliciadora de seu estilo didático de amena suavidade.
Como diz o tradutor Luiz Feracine, que teve a oportunidade de estudar em cinco universidades romanas, onde ouviu lições inesquecíveis de ética moral; “sirva tal testemunho para reforçar a credibilidade do leitor que descobre, com simpática receptividade, o magistério filosófico de Sêneca”.
Bia Braz.



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