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Arcadismo
(Felipe Jesus)

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Arcadismo (1768- 1808)


O Arcadismo representa na literatura, uma reação ao estilo Barroco – exageradamente rebuscado, com antíteses e frases tortuosas.
Na época ele propunha uma volta aos estilos clássicos, ou seja, Greco-Latino e Renascentistas, considerados fonte de equilíbrio e simplicidade, este movimento também é denominado de Neoclassicismo.
O nome Arcadismo vem do romance pastoral de Sannazzaro, intitulado Arcádia (1504), que tem como tema à vida campestre, ideal de felicidade.
A expressão Arcádia evoca a lendária região da Grécia, denominada pelo Deus Pan e habitada por pastores que se dedicavam á poesia e a vida rústica. Daí o fato de os poetas chamarem-se “pastores” e adotavam nomes Greco-Latinos: Glauceste (Cláudio Manuel da Costa) e Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga).


Características do Arcadismo:


Imitação: os Árcades propunham uma volta aos modelos clássicos Renascentistas, porque neles encontravam o ideal de simplicidade e a imaginação equilibrada pela razão, o que seria o freio moderador das emoções e impelindo os excessos. Resultam disso a presença mitológica e a linguagem simples, de vocabulário simples e períodos simples.


Bucolismo: segundo os Árcades, a pureza, a beleza e a espiritualidade residem na natureza. O crescimento das cidades conduz à valorização do campo e do preceito Horaciano (poeta italiano, referência para os autores renascentistas e neoclássicos) do fugere urbem (“fugir da cidade”). Daí a preferência por temas pastoris e pelas cenas da vida campestre.


Inutilia Truncar: (“corta o que é inútil”) era um lema do Aracadismo, pois eles buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho urbano. Outra norma desse movimento é a Aurea Mediocritas (“mediocridade áurea”), determinando a simplicidade e o ideal de uma existência tranqüila, sem excessos e associado à natureza.


Carpe diem: apoveitar o dia, viver o momento presente com grande intensidade, foi uma atitude inteiramente assumida por esses poetas.


Racionalismo: perocupação com a verdade e o real. Segundo os Árcades, só é belo o que é racional, prega-se, portanto o equilíbrio entre a razão e o sentimento.


Não cedes, coração pois nesta empresa
O brio só domina, o cego mundo
Do ingrato amor seguir não Deus...

(Alvarenga Peixoto)


Convencionalismo: repetição de temas muito explorados e utilização de lugares comuns como “ovelhas”, “pastoras”, “estrela-Dalva”, “montes”, “claros fontes” etc.


Idealização do amor e da mulher: o amor é a fonte de prazer, tranqüila e não-passional.


Irás a diverti-me na floresta,
Sustenta, Marília, no meu braço;
Aqui descansarei a quente sesta;
Dormindo num leve sono em teu regaço,

(Tomás Antônio Gonzaga)


Principais poetas:


Cláudio Manuel da Costa: seu pseudônimo árcade é Glauceste Saturnino e Nise, sua musa-pastora. Com a publicação de Obras Poéticas inaugurou o Arcadismo no Brasil em 1768. Além da obra já citada ele produziu: O Parnaso Obsequioso de 1831 e Vila Rica, Poemeto Épico de 1839.


Tomás Antônio Gonzaga: seu pseudônimo árcade é Dirceu, e Marília o de sua musa, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas. Entre suas principais obras estão: Marília de Dirceu, coletânea de liras constituída de três partes, ambas publicadas em Lisboa em 1792 e 1799. Obra de linguagem simples revela o gosto pelas cenas pastoris. Outra obra dele é Cartas Chilenas, provavelmente escritas entre 1787 e 1788, obra satírica que tem como alvo o governador mineiro Cunha Menezes, a quem o poeta chama de “fanfarrão Minésio”.o remetente da carta é Critilo (Gonzaga), e o destinatário é Doroteu (Cláudio Manoel da Costa). O Chile é Minas, e Santiago corresponde a Vila rica, como pode se observar nem o povo escapa das críticas do poeta:

Em 1789, Gonzaga foi preso, acusado de envolvimento na Conjuração Mineira. Em 1792 foi degredado a Moçambique.


· Manuel Inácio da Silva Alvarenga: escreveu os vícios, As Artes, Epístola a José Basílio da Gama e o Desertor das Letras, poema heróico e cômico que manifesta seu apoio às reformas do Marquês de Pombal. Porém e o livro Glaura, poemas eróticos de 1799 que o coloca entre os principais poetas de sua época.


Poesia épica do Arcadismo:

· José Basílio da Gama: seu pseudônimo árcade é Termindo Sipílio. Escreveu o poema épico Uruguai, publicado em 1769, sua obra mais importante. Ele narra a luta entre os índios dos sete povos da misão, do Uruguai, instigados pelos jesuítas, contra o exército Luso-espanhol que deveria transferir para os domínios portugueses na América e a colônia do Sacramento para a Espanha.

· Frei José Santa Rita Durão: sua obra mais importante é Caramuru de 1781, que narra a história de Diogo Álvares correia, que morreu num naufrágio na Bahia no séc. XVI. Segundo a lenda um tiro fez com que os índios lhe atribuíssem características sobrenaturais e lhe dessem o nome de Caramuru (filho do trovão). Gozando de prestígio entre os índios que lhe deram Paraguaçu como esposa. Descreve a paisagem brasileira, nossa fauna, flora, os costumes a tradições indígenas. “A morte de Moema” é o episódio mais conhecido da epopéia: Diogo resolve embarcar para a França com Paraguaçu, Moema, Apaixonda, tenta segui-lo a nado e morre afogada.



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