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Camada de Ozônio:Um Filto Ameaçado
(Nilza Elí dos Santos)

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Camada de Ozônio:
Um Filtro Ameaçado
Se não forem tomadas medidas específicas,a diminuição da camada de ôzonio existente na estratosfera tende agravar-se, com consequências negativas para a vida no Planeta Terra.A vida na Terra teve ínicio há cerca de 600 milhões de anos, com o surgimento da multiplicação dos microorganismos capazes de usar a luz solar para a produção de energia através da fotossíntese.Por iniciativa de sua atividade, eles passarama garantir um suprimento contínuo do oxigênio ao envoltório gasoso da Terra iniciando transformações que ajudaram fabricar a composição do ar que respiramos hoje.
Portanto, não é estranha a existência de uma faixa de máxima concentração, situada em torno de 30 quilômetros de altura na estratosfera e também conhecida como camada de ôzonio. O Ozônio é um gás natural que funciona como filtro natural que nos protege da radiação dos raios ultravioleta oriundos do sol. O ozônio é capaz de interagir com grande número de substâncias químicas, é aqui que surge o vilão da nossa história. Seu nome é carbono clorofluorado. Aparelhos de ar condicionado e de refrigeração, propelentes tipo aerosol e processos de fabricação de plásticos utilizam substâncias químicas com essa estrutura, sintetizadas a partir de 1928 e desde então despejadas no ar.
Medidas realizadas nos anos 70 mostraram que os carbonos clorofluorados já se faziam presentes na atmosfera em quantidades elevadas. Surgiu desta constatação em 1974, a primeira publicação científica que advertia para os riscos envolvidos: se o uso desses compostos continuasse aumentando em rítmo acelerado, eles poderiam concentrar-se em camadas atmosféricas onde a radiação ultravioleta é suficientemente forte para decompor as moléculas, liberando cloro em quantidade suficiente para atacar e eventualmente, destruir a camada de ozônio.Com efeito, o cloro presente na moléculados clorofluorcarbonos reage rapidamente com o ôzonio,produzindo óxido de cloro e oxigênio molecular.
Os produtores de cloroflorcarbonos que faturam vários bilhões de dólares por ano tendem a diminuir ou não dar importância ao assunto, mas essa não é a opinião de muitos cientistas.Mas não pode haver dúvidas de que o equilíbrio dos gases atmosféricos está endo artificialmente alterado.
Quando o problema foi levantado,cálculos preliminares indicaram que a camada de ozônio que nos protege da radiação ultravioleta, deverá sofrer nos próximos cem anos uma perda estimada entre 7 e 13% de sua massa total.O problema é real e tende a agravar-se se não forem tomadas medidas específicas para contê-lo. O aumento da radiação ultravioleta que atinge a superfície terrestre provocaria maior incidência de câncer de pele, redução das safras agrícolas, morte de muitas espécies e perda da biodiversidade, além de diversas modificações na distribuição térmica e na circulaçãodo ar do planeta. Toda a química da atmosfera seria afetada, com o aumento nas concentrações de metano (CH4) e de monóxido de carbono ( CO), fenômenos evidentemente indesejáveis.
Em 1977, pesquisadores de várias equipes científicas começaram a detectar, através de técnicas diferentes pequenas diminuições da camada de ozônio existente sobre a Antártida. No ano de 1982, o mesmo fenômeno foi observado em menor escala na Suíça, Alemanha e Canadá. No ano seguinte em 1983, o alerta mais dramático veio novamente da Antártida, com o aparecimento de um enorme buraco que em outubro de 1983, reduziu à metade o valor normal da concentração da camada. O mesmo fato se repetiu em 1985, movimentando, desta vez,sensores e demais equipamentos instalados em satélites.
Pesquisas realizadas em 1978 no Brasil por cientistas e técnicos do Instituto de Pesquisas Espaciais, sediados em São José dos Campos ( SP) e Natal, constataram que no território brasileiro, a troca de elementos gasosos entre a superfície e a atmosfera é intensa, por causa da presença de radiação ultravioleta mais acentuada (características das regiões equatoriais), e bastante diversificada, pois a vegetação é muito distinta na Amazônia, no Cerrado e na Caatinga. Em Natal o estudo revelou que a cidade brasileira apresenta densidades de ozônio 30% superiores na troposfera, região atmosférica mais sujeita à influencia do homem. Isto contradiz resultados anteriores, inclusive a conclusão de Fishman e colaboradores, que acreditam há uma tendência no sentido de maior produção de ozônio nas regiões de maior concentração de CH4 que ficam no hemisfério norte.
O estudo da Universidadede Oregon (EUA) mostra que a concentração dos clorofluorados na atmosfera cresceu menos na segunda metade da última década, fenômeno provavelmenterelacionado à proibição,nos Estados Unidos, de utilizar embalagens do tipo aerosol para os produtos não essênciais. As alterações causadas na atmosfera pela ação do homem não são evidentes como aquelas impostas, por exemplo, ao ciclo hidrológico. Pode se olhar de forma mais ou menos imediata se um rio está poluído, mas o mesmo não ocorre com o estado da atmosfera,cujo iagnóstico é difícil, inclusive pela dificuldade de isolar transformações naturais e antropogênicas.
Resultados publicados pelo Centro de Graduação de Oregon nos EUA mostram que, nos últimos vinte anos, os clorofluorados duplicaram sua concentração na atmosfera. Aumentos significativos para o gás Carbônico ( CO2), um óxido de nitrogênio( N2O)e o metano ( CH4). Estes, à semehança do ozônio, são gases que podem atuar como fonte secundária de calor provocando com isso, o efeito estufa;,já que absorvem radiação solar na região do infravermelho do espectro eletromagnético. Por isso, não é absurdo especular que a variação de sua concentração pode afetar o clima da Terra, tornando a superfície do planeta mais quente.É bom lembrar que um aumento estável da ordem de alguns graus Celsius pode desencadear um degelo polar em proporções suficientes para causar grandes inundações em todo mundo.



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