Artigo
(Wagner lemos)
Não existe nada melhor que a liberdade... Nos anos 50, a “liberdade” de expressão teve seu cume a perseguição aos ideais políticos, nos submetendo a um “exílio mental”. A grande imprensa da época não podia falar mal do governo militar, mostrando apenas um país lindo, mas por baixo do tapete, a devastação que o governo militar fazia na fraca economia e na já sofrida sociedade era encobertada. A imprensa alternativa teve seus louros, com o Pif Paf, que de uma sessão de jornal, tornou-se um jornal e de tanto ser perseguido teve que fechar. No inicio dos aos 80, a abertura política deu seu inicio e a liberdade finalmente imperou na grande imprensa. Hoje um outro tipo de cesura nos é imposta pelo sistema, que é de tal forma bem feita, que é difícil notar. È verdade que o capitalismo é a base do coração financeiro de um jornal ou televisão, mas a ética deve sempre se sobrepor ao controle. Hoje, a censura mudou de nome devido a ova fase política, a democracia, é o controle do que pode ou não pode ser publicado. Saudades devem ter os jornalistas que trabalharam para a revista O Cruzeiro, tempos em que o jornalismo era mais importante, os aventureiros da notícia. Com a mística da “testemunha ocular da história”, chegamos hoje a pensar nos dois Kannes brasileiros: Chatô e R. Marinho. Um mais aventureiro, guerreiro, o outro mais aberto a negociações, apesar do grande apoio que os dois tiveram do governo militar, não escaparam da censura. Hoje, o único império que se mantém de pé é o do Dr. Roberto Marinho. Liberdade, a imprensa conquistou. Agora só falta os jornalistas conquistarem....
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