Problemas do mundo contemporâneo
(António Caselas; António Lopes; Francisco Marques)
Vivemos o futuro, mas o que observamos é passado porque o presente não se consegue explicar.
Abrimos os olhos e o que vemos é chamado de século XXI, o século que aguarda as acções e comportamentos dos Homens.
O ser humano, como objecto de estudo filosófico, enfrenta graves problemas próprios desta era contemporânea.
O que fazemos repercute-se mediante as consequências e se o Homem se «auto-extinguir» será impossível concluirmos tal coisa, pois já não estaremos neste mundo como condição de vida.
As divergências entre os povos e as suas culturas têm criado muitos conflitos [guerras], os quais colocam em dúvida os Direitos Humanos.
Falamos de Direitos e, na sua base, são influenciados por valores e podem pôr o Homem a questionar-se sobre a sua felicidade.
Afinal, o que é «ser feliz»? Somos capazes de sê-lo?
Contudo, não nos esqueçamos que a nossa espécie está em iminente risco e, assim sendo, será que estamos conscientes da importância do meio-ambiente na nossa vida?
Olho, então, em redor e concluo que caminhamos em direcção a um ideal, a perfeição, mas que os nossos actos nos levam a um destino completamente diferente, um futuro incógnito!
Vivemos numa contradição: a vida é um paradoxo.
Evita a Guerra, busca a felicidade, respeitando os Direitos Humanos e preservando a nossa condição neste mundo, consciencializando-te da tua responsabilidade ecológica.
A BUSCA DA FELICIDADE
A Felicidade é vista como um valor, o qual obriga a que exista a infelicidade como contrário, implicando assim uma definição muito mais complexa.
Podemos dizer que a Felicidade [segundo a eudaimonia – ética antiga] é algo que se conquista através de uma decisão tomada de forma apropriada perante certos acontecimentos práticos em relação ao Homem e ao mundo. Contudo, numa dimensão pessoal, a Felicidade pode ser vista como os momentos em que alcançamos o prazer ou a satisfação, a perfeição [o que sabemos desde já que é inatingível].
] Factores que determinam a felicidade: § Saúde, bem-estar, dinheiro, longevidade, liberdade política, amizade/amor...
A Felicidade pode tomar, então, o estado último em que revemos o Homem ideal no futuro, mas não o Homem que somos agora. Ou seja, pensamos obter a Felicidade, contudo, só no Homem que gostaríamos de ser é que a conseguimos observar.
Então, a Felicidade pode ser vista como o fim supremo das acções, para onde se encaminham todos os fins secundários.
Alma & Corpo
» A distinção surge como sede da Razão, Fonte de equilíbrio e harmonia na decisão, como também uma espécie de receptáculo de paixões e afecções – DUALISMO ANTROPOLÓGICO [Kant].
] A Felicidade é, então, o fim supremo que se alcança e prevalece ou momentos espontâneos que nos dão prazer:
Prazer físico [dos sentidos]
Consciência / vivência de gozo
§ Michel Onfray
Alegria de viver
§ B. Russell
A RESPONSABILIDADE ECOLÓGICA
Destruição do planeta è sobrevivência do Homem em risco.
Ê Ruptura dos equilíbrios geológicos: poluição, esgotamento dos recursos naturais, desflorestação.
È
CONFLITO ENTRE:
Comunidade Científico-Tecnológica
Dominação fria e impessoal da Natureza, dos seus recursos e potencialidades.
Comunidade humanística
Convivência estética, ética e sagrada na relação intimista com a Natureza.
Para acabar com este problema é necessária uma consciência ecológica, ou seja, sermos capazes de agir em sintonia com a prevenção dos excessos e assegurar a continuidade da vida e dos recursos naturais para as futuras gerações.
Se esta consciência for comum a todos poderemos pensar num desenvolvimento sustentável, na possibilidade de conservar o ambiente e os seus recursos naturais, ao mesmo tempo que se encontra o equilíbrio com o bem-estar do homem [trabalho, alimentação, conforto]. Contudo, às vezes é necessário despender altos valores financeiros, o que contrabalança com as decisões a tomar pelos governos, aquando da tomada de medidas drásticas.
Assim, o Homem deve:
I Sacrificar alguns interesses imediatos para salvaguardar um bem comum.
I Diminuir o egoísmo individual e indiferente ao que o rodeia.
I Estimular o respeito e a responsabilidade pela Natureza.
I Promover novas atitudes e comportamentos perante a crise ecológica.
A GUERRA E OS DIREITOS HUMANOS
As diferenças sociais, económicas, políticas e culturais criam as divergências entre os povos e culturas e levam, muitas vezes, a conflitos armados, seja pela falta de respeito, de tolerância ou por interesses políticos e económicos.
Só com o respeito mútuo e a tolerância [capacidade de suportar algo que não nos agrada] serão os países capazes de dizer não à Guerra.
Efeito bola de neve » A ataca, B retalia, A volta a atacar, e assim sucessivamente.
Apenas a violência como legítima defesa é capaz de ser éticamente justificável pois pretende salvaguardar os seus Direitos Humanos e a dignidade.
Uma Guerra Global provoca graves tensões entre os povos e devasta não só um país como todos os que estão envolvidos. Por sua vez, um “simples” conflito regional não provoca tantos danos e é mais fácil de se chegar a um acordo e terminar com as discórdias.
Nestes conflitos, os DIREITOS HUMANOS são sempre postos em causa.
è Baseiam-se na ideia de pessoa e de dignidade humana.
Direitos Humanos
Condições políticas, sociais e económicas
Como oposição aos Direitos Humanos estãos as condições sociais, económicas e políticas!
Origem dos D. Humanos:
v Jusnaturalismo [jus – latim » direito a lei]:
Teoria que defende que os D. Humanos assentam na essência do Homem Universal e abstracto.
v Fundamentação historicista:
Representa os interesses e as necessidades de uma dada época e mentalidade.
Há um relativismo dos Direitos serem temporais/históricos e quando não existe igualdade e respeito, muitas vezes, os mesmos não são aplicáveis a todas as pessoas do mundo » internacionalização dos Direitos Humanos.
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