José Gil - filósofo - personalidade
(não mencionado)
Até recentemente, José Gil era um homem que se mantinha apartado do conhecimento geral da sociedade portuguesa, contudo, hoje é um dos filósofos da ribalta e considerado um dos 25 pensadores sistemáticos mais importantes do mundo, pela revista francesa «Nouvell Observateur».
Este grande «boom» deve-se maioritariamente ao lançamento do seu livro – “PORTUGAL HOJE, o medo de existir” – lançado num contexto e timing notável, aquando do governo de Santana, fomentando uma depressão nacional baseada na inveja e no medo lusitano.
Assim sendo, o livro, de leitura fácil e de capítulos curtos e resumidos, é o reflexo severo do carácter do nosso povo, no geral, pois em todo o caso há sempre uma parte que se diferencia de tal “catalogação”.
Este polémico livro denuncia os factores que nos levam, e levaram, ao visível atraso geral de toda a nossa nação, que se observa através duma falta de cultura e duma falta de ideias próprias. É o mal nacional!
Entre os temas mencionados por José Gil, podemos referir a televisão, a “não-inscrição”, o medo, a inveja, o queixume e a conformidade, etc.
Muitas vezes culpamos o antigo regime ditatorial Salazarista da situação em que vivemos, do “medo de existir”, mas se reflectirmos bem vemos que existem outros países com acontecimentos semelhantes e que não vivem com o tal receio de ter uma identidade na sociedade em que estamos inseridos.
Dizemos então que existe alguma superficialidade aquando das explicações mais elaboradas e que se cede em demasia à tentação de dar todas as explicações no contexto da psicologia.
Agitando as consciências, fazendo pensar que se algo está mal é necessário procurar uma solução eficaz, José Gil responsabiliza a mediatização [espaço mediático, tal como a televisão, que cria um clima hipnótico e de “não-real” nas pessoas] de enevoar a sociedade portuguesa, não permitindo observar e compreender os acontecimentos com clareza.
Assim sendo, o espaço mediático torna-nos um pouco indiferentes com o que nos rodeia e fomenta o fenómeno da “não-inscrição”.
A “não-inscrição” é a acção de que tudo o que acontece, não transforma o real nem tem uma sequência e evapora-se, não tendo efeito no futuro. Com isto, dizemos que as coisas passam-nos de uma forma superficial, tornando-nos indiferentes e conformados, sentindo que nada podemos fazer.
Então, é necessário um espaço público, livre e independente, onde as pessoas possam discutir e debater tudo o que seja do seu interesse, criando assim as cidades inteligentes. Portugal não é uma cidade inteligente porque a grande parte dos indivíduos dá grande, ou total, importância e atenção ao que apenas se passa no espaço mediático.
Com tudo isto, diz-se que as pessoas que não se consciencializam e que se conformam com situação actual revêm-se no pequeno, vivem no pequeno, abrigam-se e reconfortam-se no pequeno à base de pequenos prazeres e amores, pequenas ideias e pensamentos e diminutas mentalidades.
José Gil veio, então, com o seu livro “PORTUGAL HOJE, o medo de existir” acordar os portugueses para a verdadeira realidade onde se exige uma certa inconformidade para poder transformar o nosso país num conjunto de cidades inteligentes, dotadas de cultura, de ideias e pensamentos próprios, livres e independentes, de forma a fazer-nos crescer!
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