Prócris - mitologia
(Andreia vb)
PRÓCRIS: figura mitológica grega Filiação
Herse e Hermes Praxitéia e Erecteu
CÉFALO + PRÓCRIS
Uma das versões da Lenda de Prócris Após a morte do Rei Pandion II, subiu ao trono o seu filho Erecteu, pai de Prócris, e tomou o poder do ilustre reino de Atenas. Prócris, casada com o rei Céfalo da Tessália, viu a felicidade ruir quando Eos, a deusa da aurora de dedos cor-de-rosa, se apaixonou por Céfalo e o roubou a Prócris, para que ele vivesse junto de si. Não sendo excepção, Eos era uma deusa formosa e esbelta, mas que por muito que tentasse não podia conquistar o verdadeiro amor de Céfalo e, com as esperanças deitadas por terra, disse-lhe que podia voltar para junto da sua esposa, mas não sem antes desafiá-lo: - Quando voltares ao teu reino é certo que Prócris já te esqueceu e estará apaixonada por outro homem! Possivelmente já te traiu mais que uma vez... - Isso é impossível, pois nós amávamo-nos imenso e preferiríamos morrer a ser infiéis. – disse ele. A deusa riu-se da sua ingenuidade e disse-lhe que se disfarçasse, de forma a que a mulher não o reconhecesse, e que a tentasse encantar, dando-lhe abastados presentes e prometendo-lhe outros ainda mais ricos, com a condição de ela se entregar ao “desconhecido”. Assim, Céfalo testaria a fidelidade de Prócris, enquanto sua mulher. Embora com dúvidas, Céfalo aceitou a ideia, disfarçou-se de mercador rico e fez o que Eos o tinha aconselhado a fazer. Tal como a deusa o tinha avisado, Prócris cedeu aos encantos do tal mercador e prometeu-lhe ser sua para sempre. Sem mais demoras, Céfalo revelou a sua identidade, furioso com a infidelidade da amada, e concluiu que as mulheres eram todas infiéis e que enganavam os homens com muita facilidade, coma a deusa tinha dito. Envergonhada e sem saber o que fazer, Prócris exilou-se noutro reino, abandonando o seu adorado, mas «manhoso», marido. Passado um tempo, Prócris dirigiu-se a Eubéia e a Creta e apaixonou-se pelo Rei Minos e, após ajudá-lo e como recompensa por tudo o que havia feito, Minos deu-lhe uma lança que nunca falhava o alvo e um cão que trazia sempre a sua presa (bens oferecidos originalmente por Ártemis)... Mas, ela ainda amava Céfalo e, por isso, decidiu que era tempo de se despedir de Minos e seguir o seu caminho. Com esses preciosos bens na sua posse, decidiu pagar na mesma moeda a Céfalo. Ele, ansioso por adquirir os tais bens, foi falar com a Prócris disfarçada... Mas, ela disse-lhe: - Não quero prata nem ouro, mas a lança e o cão serão seus se jurar que nunca amou a sua esposa infiel e que a esquecerá, dando-me todo o seu amor! Ele mostrou-se relutante, pois lá no fundo ainda amava a sua esposa, embora infiel, mas acabou por ceder, enfeitiçado pelo desejo de adquirir a lança e o cão. - Somos os dois culpados por esta “infidelidade”. Esqueçamos o que aconteceu e voltemos a amarmo-nos. – disse ela, rindo-se. A felicidade tomou conta do Rei da Tessália e viveu em plena alegria com a sua mulher durante o ano seguinte. No final desse mesmo ano, nasceu o seu filho Arcésio. Numa das suas caçadas, num daqueles dias de calor intenso, o Rei evocou o vento, pedindo que o acariciasse... Alguém que por lá passava, ouviu e foi a correr contar a Prócris que o seu marido mantinha, possivelmente, encontros amorosos com alguém! Como se sabe, rumores geram confusão e quem não sabe o que diz, apenas cria problemas. E assim foi, Prócris, com as suspeitas e os ciúmes acesos de novo, decidiu espiar o marido, escondendo-se atrás das moitas para não ser vista. Quando Céfalo ergueu os braços e pediu ao vento que trouxesse uma aragem fresca, ela inclinou-se para ouvir o nome proferidopelo marido. Contudo, o ruído mínimo que ela fez custara-lhe a vida, pois supondo ele que era um animal selvagem que ali estava escondido, arremessou a lança que nunca falhava e, sem saber, acabou por trespassar o coração da mulher, que caíra de bruços gritando de dor e aflição. E foi, então, que morrera uma das míticas mulheres gregas da Antiguidade...
A origem do preservativo!
Aquando da suposta infidelidade de Prócris, poderá ter-se «inventado» o método contraceptivo mais conhecido nos tempos de hoje: o preservativo.
A mitologia grega apresentou o preservativo ao Ocidente através do rei Minos (rei de Creta e que tinha fama de ter várias amantes), filho de Zeus e Europa e casado com Pasiphe.
Por ser tão mulherengo, Pasiphe fez com que Minos ejaculasse serpentes, escorpiões e lacraias sempre que se deitasse com outras mulheres, de forma a matá-las, contudo, este feitiço não afectava, de modo algum, Pasiphe.
Para azar da bela Prócris, Minos perdeu-se de amores por ela.
De forma a evitar que a relação com Minos lhe tirasse a vida, Prócris colocou na sua vagina uma bexiga de cabra, fazendo com que os animais ficassem presos na bexiga.
E foi, assim, que nasceu o mítico e tão falado preservativo...
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