O Prefácio às Baladas Líricas
(Wordsworth)
O Prefácio é um dos melhores documentos da literatura. Como Rene Wellek afirma "apesar de Wordsworth ter deixado um pequena forma de crítica, é rico em sobrevivências, sugestões, antecipações e compreensões pessoais". É a primeira tentativa crítica romântica a tentar transcrever o processo criativo, defendendo o princípio romântico do liberalismo na literatura. Contrariou todas as rígidas regras literárias que nada deixaram à liberdade e à natureza. Julgou uma obra de arte pelos seus fins no lugar dos meios. "Os críticos estão aptos para esquecer, " disse Coleridge, "que as regras não são senão meios para um fim; consequentemente onde os fins são diferentes, as regras também o devem ser." Wordsworth não era um crítico por feitio ou formação. Ele foi impelido para a crítica porque teve de se defender e porque era inevitável. E o resultado foi um fragmento de documento que é muitas vezes proclamado como o manifesto não oficial do movimento Romântico. Wordsworth inicia o Prefácio referindo-se ao sucesso da experimentação dos seus poemas. Primeiramente, ele estava relutante em incluir o Prefácio, uma vez que sentia que não precisava da avaliação da sua poesia. Em segundo lugar, ele julgava que uma defesa conveniente e adequada não podia ser colocada numa área tão pequena como a de um prefácio. No entanto, ele decidiu incluir uma introdução, a conselho dos amigos e porque pensou que seria injusto atirar uma colecção de novos poemas que eram radicalmente diferentes dos da altura. Realmente isso trouxe uma tamanha revolução que a base dos princípios neo-clássicos construída foi destruída, graças à Revolução Francesa. O seu desfecho ecoou os princípios da liberdade, igualdade e fraternidade. Marcou uma nova época e proclamou a Época da Renascença Romântica na qual os gigantes eram Wordsworth, Keats, Shelley e Coleridge.
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