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A Cura Capitalista
(Rodrigo Constantino)

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“It is not from the benevolence of the butcher, the brewer, or the
baker, that we expect our dinner, but from their regard to their own
interest..” (Adam Smith)

Muitas pessoas observam os avanços
medicinais da humanidade e não entendem o que possibilitou tamanho
progresso. Há poucos séculos atrás, a população na Terra não conseguia
ultrapassar a marca de 2 bilhões de habitantes, que tinham uma
expectativa média de vida bastante inferior a atual. Crianças morriam
como moscas, e doenças hoje tidas como banais ainda levavam muitos para
o cemitério. Muito melhorou, e ainda vai melhorar bem mais. Nada disso
é possível pela reza dos crentes ou pelos desejos dos românticos, mas
sim pela lógica capitalista.

O acúmulo de capital e a incessante
busca por lucro é que permitiram tanto avanço na área medicinal, assim
como na tecnológica. Os laboratórios farmacêuticos, com acionistas
objetivando o lucro, e competindo em um ambiente de livre mercado, com
garantia de direito de propriedade, criaram o grosso desse avanço. Não
é preciso muito esforço para enxergar isso. Basta ir a uma farmácia e
pesquisar a lista de remédios existentes, checando seus respectivos
produtores. Não veremos lá seitas religiosas, tampouco o carimbo de
governos socialistas. Teremos uma lista como Pfizer, Merck, Eli Lilly,
Novartis, GlaxoSmithKline etc. Todos laboratórios em busca do lucro,
atuando em países capitalistas.

Sei que não falo absolutamente
nada novo ou espantoso. Pelo contrário, é até evidente demais. Logo, o
espantoso mesmo é a quantidade de gente que ignora isso. São os
românticos que criam um falso dilema, entre o lucro e as vidas a serem
salvas, como se não fosse justamente a busca do lucro que tivesse salvo
tantas vidas. Ou os que odeiam patologicamente o livre mercado e pregam
sempre mais controle estatal, como se a URSS tivesse trazido grandes
avanços para a humanidade. Não creio que uma dor de cabeça possa ser
combatida com um fuzil AK-47. Se bem que pela lógica comunista até
pode, com um tiro na nuca. Mas com certeza não será uma cura adotada
voluntariamente, como ocorre nas trocas livres entre consumidores e
laboratórios.

Como exemplo do sucesso capitalista no negócio
medicinal, temos agora que o Viagra foi o remédio mais vendido no
Brasil em 2005, com cerca de 700 mil comprimidos por mês. Vários
consumidores agradecem a constante busca de lucratividade da Pfizer,
que hoje possibilita a ereção de muitos que sofriam de impotência. Tal
cura não é milagrosa, no sentido de cair do céu, e muito menos depende
de um decreto estatal. É fruto de pesados investimentos em pesquisa por
parte da Pfizer, que precisa competir com vários concorrentes no
mercado. Os investimentos em P&D da Pfizer passam dos US$ 7 bilhões
por ano, mais que o dobro do que a empresa gasta em adição de máquinas
e equipamentos. Ela compete no ramo das idéias, do capital intelectual,
e sabe que as curas demandadas, que trarão excelentes retornos aos seus
acionistas, custam caro. Mas compensam, por sorte dos consumidores.

A
Pfizer gera um lucro em torno de US$ 10 bilhões por ano, com receita
acima de US$ 50 bilhões. Desta forma, pode atender aos anseios dos
clientes, emprega cerca de 115 mil funcionários, paga pesados impostos
e ainda vale quase US$ 200 bilhões na bolsa, para a alegria dos seus
milhares de acionistas. Eis a beleza da lógica capitalista. Não deixa
de ser um milagre!



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