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A ERA DO RÁDIO
(CALABRE; Lia)

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A Era do Rádio


O texto da professora Lia Calabre constrói a história do rádio no Brasil, destacando sua origem e integração na vida cotidiana, além de seu papel como veículo de propaganda. Insere-se no contexto maior de uma produção historiográfica voltada aos novos objetos, convidando-nos a um delicioso retorno aos “anos de ouro” do rádio brasileiro.
Há algum tempo, quem pensaria que o rádio também teria uma história? Isto seria inadmissível se o viés de uma “nova história” não fosse viabilizado.
Temos assim, acesso a algumas informações verdadeiramente valiosas, tais como a data da primeira demonstração radiofônica no Brasil – 1922 – causando verdadeiro frisson na população, a inauguração da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, oficialmente a primeira de muitas emissoras que surgiram em todo o Brasil, bem como a estrutura do rádio brasileiro, destacando-se seu desenvolvimento e problemas, desde o início.
A viabilização do funcionamento das emissoras de rádio brasileiras nasceu atrelada a uma dupla determinação, como destaca a autora: enquanto veículo de comunicação privado e subordinado às regras do mercado econômico e, ao mesmo tempo, controlado pelo Estado, sendo este responsável pela liberação da concessão para o funcionamento das emissoras, quanto pela cassação, caso houvesse desrespeito às leis do código de comunicação em vigência.
A autora destaca ainda, neste conturbado nascer das emissoras radiofônicas, o papel das rádio-sociedades como mantenedoras das rádios brasileiras, em seus anos iniciais.
De uma fase amadorística, o rádio brasileiro passa, então, a uma fase comercial, possibilitada, em grande parte pela chegada das primeiras agências de publicidade estrangeiras ao Brasil, no final da década de 1920 e início de 1930. Apesar de todos os tropeços iniciais, as multinacionais que se instalaram no país, a partir de 1940, passaram a ser as grandes anunciantes do rádio no Brasil.
Enquanto veículo de comunicação que para o Estado brasileiro na década de 1930 poderia adquirir ares de “subversivo”, em que pese por isso mesmo o estabelecimento de limites para o rádio, este vai “caindo no gosto popular”, consolidando-se assim, o hábito de ouvir rádio ainda na década de 1920.
A chegada dos novíssimos aparelhos de radiola adentrou o mercado brasileiro, ao mesmo tempo em que as emissoras de rádio se profissionalizaram. No entanto, pequenos aparelhos passaram a ser produzidos, no intuito de atender a um público maior e não apenas a elite.
Símbolo da modernidade, o rádio invadiu as casas e os estabelecimentos comerciais. Estes últimos, espertamente, usavam-no com o intuito de “atrair a freguesia”.
Popularizando-se e comercializando-se cada vez mais, as emissoras de rádio começaram a investir numa programação musical, cambiando seu foco inicial, meramente educativo. Surgem, então, os “artistas do rádio”, os programas de auditório, os concursos com distribuição de brindes. A população participava ativamente dando sua opinião, fundamental para a continuidade ou não de determinado programa no ar.
Atrelado a uma sociedade de consumo, o rádio foi um excelente veículo de divulgação de novos hábitos consumistas, sendo o preferido pelas multinacionais para o lançamento de novas marcas e produtos, haja vista os sugestivos nomes dos programas irradiados, tais como os citados pela autora.
Possuidor da capacidade de informar rapidamente, antecipava-se ao jornal impresso na divulgação dos acontecimentos, transformando-se no companheiro inseparável das classes populares.
Apesar de ter garantido por várias décadas papel de destaque na sociedade brasileira, em fins da década de 1950, com a concorrência da televisão, o rádio começou a perder prestígio, uma vez que a recente novidade [televisão] reunia não apenas som, mas também imagem. Além do mais, ficava caro manter um cast de atores e atrizes.
Temos assim, com o advento da televisão, a decadência do rádio bem como a transferência do formato dos programas radiofônicos, agora exibidos na tela.



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