Confissões
(Santo Agostinho)
Poucos seres humanos têm sabedoria suficiente para guiar sua vida através das experiências alheias.Se tivessem, talvez a vida fosse mais fácil e a acumulação de experiências trouxesse cada vez mais sabedoria à humanidade. Ou, então, essa acumulação de experiências tornasse a vida muito incipiente, sem motições próprias.Assim, não são poucos os que trilham as mesmas trilhas difíceis de seus antepassados, mas recusam olhar o que lhes sucedeu. A experiência de quem escolheu caminhos que não levam muito longe não serve para quem começou a caminhada da vida. É melhor seguir seu próprio caminho, suas próprias experiência, duvidando que alguém já tenha percorrido o mesmo surrado caminho.Isto acontece com qualquer um. Aconteceu até com aquele que, posteriormente, seria considerado um dos grandes filósofos da cristandade. Uma das grandes sabedorias da humanidade.Ele foi ao fundo do poço pensando que sua inteligência, que ele mesmo considerava superior, o levaria às alturas. Exteriormente, tornou-se humilde. Interiormente, ainda amargava frustação de não conseguir enxergar o verdadeiro alcance de um dos livros que ele tanto almejava internalizar: a Bíblia.Somente quando a humildade verdadeira atingiu se interior, foi que Santo Agostinho atentou para a simplicidade da própria vida e alcançou a paz.
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