Patagonia 
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Ficamos deitados bem na beira da cratera, com o corpo para fora e a cabeça para dentro. À nossa volta e até mesmo embaixo de da gente, a fumaça brota por rachaduras da terra. Como não havíamos   levado água para cima, enchemos uma garrafa com neve,e, ao colocá-la em uma destas rachaduras, rapidamente tínhamos água para beber. Enquanto estávamos deitados, apreciando o espetáculo, o tempo corria rápido. Lá embaixo, o Villa Rica cospia e praguejava, fazendo barulho o tempo inteiro. De repente, a lava que era só dois pontos avermelhados borbulhantes, começou a aparecer cada vez mais, escorrendo de duas bocas que víamos nitidamente abaixo de nós e de uma outra boca que não víamos por estar exatamente na nossa posição., abaixo. Logo em seguida, ouvimos e sentimos uma grande explosão, que jogou pedaços de rocha derretida a mais de 100 metros de altura. Todo o fundo da cratera ficou em brasa, cuspindo lava para todos os lados, acompanhada por uma nuvem de fumaça. O poder da explosão fez a terra tremer e o botão apertar. Como estamos em uma faixa de terra totalmente rachada, a centímetros de escorregar para dentro do caldeirão, sentir o chão tremer nos assustou e saímos bem rapidinho dali. Na verdade, saímos correndo. O som que a explosão produziu também é coisa que não nos esqueceremos jamais.     Fica difícil explicar mais o que é um Vulcão em atividade. Seu cheiro, a cor da lava, seus sons,   gases, explosões, tudo isto é um espetáculo grandioso e aterrador.   Ficamos umas duas horas admirando a beleza insólita do Villa Rica. Neste meio tempo ainda ouvimos (eu e o Fábio) e vimos (o Fábio Careca), uma outra explosão, esta, pelo barulho, maior ainda do que a outra.   Completamente rendidos à sua beleza, nos despedimos da cratera do Vulcão. Os dois grupos que ultrapassamos na subida ainda não haviam chegado quando começamos a baixar. A descida foi bem rápida, aproveitamos para escorregar de bunda pela neve das encostas, com cuidado, pois no Villa Rica vimos uma greta enorme, que se alguém cair nela, é fatal. Quando a neve acabou, passamos a correr pelo cascalho vulcânico até lá em baixo.   Estava feito, em menos de 24 hs, chegamos a Pucón, subimos o primeiro Vulcão de nossas vidas ( em atividade ainda por cima) e baixamos. Fomos entregar os grampões alugados na agência e logo tocamos de volta para a estrada. 
 
  
 
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