Resumo de A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS PARA ÁREAS DE FRAGMENTOS FLORESTAIS -

A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS PARA ÁREAS DE FRAGMENTOS FLORESTAIS
A derrubada de grandes extensões de florestas ocasionou o isolamento de muitas áreas florestais.Um fragmento florestal pode ser definido como qualquer área de vegetação natural contínua interropido por barreiras antrópicas (estradas,culturas agricolas,etc.) capazes de diminuir significativamente o fluxo de animais,polén e/ou sementes (VIANA,1990).
A fragmentação da floresta em ilhas causa o isolamento,desencandeia uma série de mudanças no microclima,o distúrbio do regime hidrológico das bacias hidrógraficas,a degradação dos recursos naturais e a modificação ou eliminção das relações ecológicas com outras espécies,mas uma das maiores consequências é a diminuição da biodiversidade que compromete a regeneração natural e a sustentabilidade das florestas.
Com o processo de fragmentação pode ocorrer uma redução mais acentuada do que a esperada em função da mortalidade resultante do efeito de borda e da extinção local de populações.
Os corredores são conexões entre diferentes ambientes e/ou fragmentos florestais que permitem o fluxo gênico entre as populações silvestres,minimizando o isolamento causado pela fragmentação,proporcionando vias de intercâmbio e incrementando as possibilidades de movimento de indivíduos entre populações isoladas e,consequentemente,a possibilidade de sobrevivência na meta populacional.
Contudo,os corredores não foram criados necessariamente para abrigar populações a longo prazo,mas deve aumentar as probabilidades de sobrevivência de uma determinada espécie.
O corredor é composto por uma espécie de colcha de retalhos de áreas ambientalmente sustentáveis: parques,reservas públicas ou privadas,terras indígenas,propriedades com sistema agroflorestais ou ecoturismo e até cidades.
Os corredores não são unidades políticas ou administrativas,mas extensas áreas geográficas onde se destacam ações coodernadas destinadas a proteger uma parte substancial da biodiversidade na escala dos biomas.Tais ações envolvem fortalecimento,expansão e a conexão de áreas protegidas.As estratérgias dos corredores incentivam usos de baixo impacto,tais como manejo florestal e os sistemas em zonas críticas dentro e entre as áreas de reserva,desencorajando os usos de tecnologias de alto impacto que causam o desmatamento em larga escala.A implementação dos corredores requer um elevado grau de envolvimento e cooperação de todos os seguimentos da sociedade.Outra característica dos corredores é que o seu desenho deve conter intervenções de curto prazo enquanto planeja os resultados a longo prazo.
Para o estabelecimento de corredores ecológicos são necessários procedimentos complexos envolvendo a seleção de áres,o estudo e manejo,identificação de instrumentos ecológicos que viabilizem o seu estabelecimento,com a participação de diversas instituições governamentais e organizações da sociedade civil de abrangência local,regional,nacional e até internacional.
É preciso ressaltar,entretanto que mesmo paisagens fragmentadas oferecem oportunidade de movimentação de organismos.Exceto em situações extremas,paisagens naturais modificadas em regiões continentais ainda permitem o intercâmbio de indivíduos em diferentes graus.
Um conjunto de pequenos fragmentos isolados,porém próximos podem servir de vias de acesso para o trânsito de espécies,funcionando como tranpolins ecológicos.Enquanto os fragmentos maiores são importantes para a manutenção da biodiversidade e de processos ecológicos em larga escala,os pequenos remanescentes cumprem funções extremamente relevantes ao longo das paisagens,funcionando como elementos de ligação entre grandes áreas,promovendo um aumento no nível de heterogeneidade da matriz e atuando como refúgio para espécies que requerem ambientes particulares que só ocorrem nessas áreas.
Nesse sentido,sempre que não existe ligação entre um fragmento floretal e outro,é importante que seja estabelecido um corredor entre estes fragmentos e aárea seja recuperada com o plantio de espécies nativas ou através da regeneração natural..Um meio fácil de criar corredores é através da manutenção ou recuperação das matas ciliares,consideradas áreas de preservação permanente,que ultrapassam as fronteiras das propriedades e dos municípios.Através das matas ciliares é possivel estabelecer conexão com as reservas legais e outras florestais dentro das propriedades.
A criação de corredores,baseia-se na premissa de que,atualmente,ameaças multiplas e crescentes para a proteção da biodiversidade exigem mais que o estabelecimento discreto de áreas protegidas pelo Governo,cercadas por paisagens em que as atividades de desenvolvimento prosseguem desenfreadamente.Está abordagem levou a arquipélagos difundidos de parques e reservas isoladas que estão frequentemente sitiadas de todos os lados,as quais são inadequadas para garantir a proteção a longo prazo da espécies de plantas e animais que contêm.
Devido a combinação de gestão inadequada e falta de integração das populações locais na proteção,as áreas protegidas do Brasil tornam-se alvos de caça,exploração madereira,agricultura,mineração e assentamentos.Podemos citar o exemplo dos Corredores Centrais da Amazônia e da Mata Atlântica,mostra bem claro a realidade dos fragmentos Florestais no Brasil.
Os corredores devem ser dimensionados e administrados para garantir que espécies da fauna e flora possam sobreviver e continuar seus processos biológicos normais.
Só nós resta esperar pela mudança do paradigma atual de conservação da biodiversidade,de ilhas biológicas para corredores ecológicos,alcançando assim grandes áreas critícas.Visando ademais fortalecer a capacidade regional e local por meio de adoção de modelos inovadores de gestão de corredores.

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