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Pois é, no que trata ao futuro dos graduados e estudantes o futuro parece ser negro. A Dra. Nogueira Pinto, jurista de prestígio, analisa e comenta sobre o assunto no Correio da Manhã de hoje (02Jun06). Claro que as coisas eram diferentes no seu tempo, as coisas evoluem, infelizmente nem sempre para melhor. E continuamos a fazer comparações com outros países... Porque queremos ser um país culto, bem educado... Mas sem emprego. Não estará aí a verdadeira lacuna?Se continuarmos a insistir em que os jovens prossigam estudos superiores, onde iremos encontrar os pedreiros, electricistas, canalizadores, carpinteiros? Talvez nos países de Leste... Onde é que a Dra. Nogueira Pinto vê "excesso de especialização"(?)Deverá estar a falar de Direito, Economia, Educação...Não se perspectiva um futuro viável se todos forem formados em letras e números, isso não alimenta um país. Já para não falar de encontrar colocação profissional que, em Portugal, continua a depender dos nomes de família ou dos contactos, o tão nosso conhecido Factor C. Não admira que os seus filhos se tenham dado bem, talvez até tenha sido independente da sua vontade.Quanto à falta de autoridade, assino em baixo. É verdade que, com as negras perspectivas de futuro, as motivações para os estudos tendem mais para a delinquência, mas não podemos culpar os cidadãos do nível de vida que o Governo lhes permite ter. É certo que a disciplina é importante pois impõe o respeito e não restam dúvidas que ser Professor é uma profissão digna, mas talvez não se imponham mais porque, como a própria Dra. Nogueira Pinto, também passaram pelas escolas do "Estado Novo", e não querem que as gerações seguintes passem pelo mesmo. É preciso encontrar estratégias alternativas. Como dizemos em português: "Nem tanto ao mar, nem tanto à terra"... E os professores são, muitas vezes, os melhores amigos dos alunos.É preciso agir. Procurar motivações, criar postos de trabalho, aumentar ordenados, diminuir ou mesmo eliminar impostos. O que são os impostos senão um prévio-arrendamento do país onde vivemos? É legítimo que eles existam numa democracia, todos nós "fazemos uso" do nosso país... Mas coisas como continuar a pagar pontes que já estão pagas há décadas, permitir a continuação de um funcionalismo público decadente e relaxado também não justifica a criação e aumento de impostos. Nós até pagamos por um pedaço de papel das Finanças, ao qual temos direito! Quando queremos que nos expliquem alguma coisa, que a maior parte das vezes se explica em poucas palavras, os funcionários das Finanças parecem automatizados. Dá a ideia de que de tanto repetirem os mesmo termos técnicos os próprios funcionários não entendem o que eles próprios estão a dizer, de tão decorados que estão os termos!E não acredito que os pais sejam conformistas, no caso que a Dra. Nogueira Pinto apresenta, será mais provável que os pais não tenham condições financeiras para "montar" uma biblioteca, quando os livros são mais caros que um CD. Os "progenitores", como a Dra. lhes chama, pensam duas vezes em investir num futuro roto...Nestas alturas é que me arrependo de não ter seguido Relações Internacionais... Com tanta falta de "sangue fresco" na política!...
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