Volatilidade
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Volatilidade: como lidar com esse problema?
Aplicações de alto risco exigem do investidor um perfil arrojado ou, em outras palavras, sangue frio. Investir em renda variável, como fundos de ações ou fundos cambiais, não é para qualquer um. Todo mundo já ouviu falar em perfil de risco e volatilidade, expressões que causam certo calafrio em quem precisa pensar em dinheiro. Mas que a instabilidade do mercado pode ser bastante interessante para os investidores, sobretudo para os que estão começando, pouca gente sabe. Investidor um ser irracional: Em princípio, a aversão ao risco pode ser explicada pelo fato do ser humano estar preocupado com seu patrimônio e não querer deixá-lo numa situação de perigo. Afinal, nenhum de nós quer perder o que demorou anos para conquistar. Histórias de pessoas que perderam fortunas aplicando na bolsa existem aos montes. Por outro lado, não é difícil conhecer casos de gente bem sucedida, que ganhou um bom dinheiro comprando ações. São os dois lados da mesma moeda. No entanto, o risco deve ser bem visto pelo investidor interessado em perder um pouco de segurança para adquirir uma rentabilidade maior no futuro. Para ser um bom investidor é preciso saber controlar o lado psicológico que o dinheiro afeta, driblando assim o nervosismo nas épocas de crise. Lidar com dinheiro envolve muito mais aspectos emocionais das pessoas do que, na realidade, os racionais. O mercado financeiro oscilando entre altas e baixas provoca fortes reações nos investidores, de modo que o seu equilíbrio emocional é constantemente testado. Por ter vivido boa parte de sua vida num ambiente econômico conturbado, o brasileiro duvida que possa ter bons ganhos investindo em ações. Nesse sentido, ele acaba deixando de aumentar ainda mais seu patrimônio por temer o sobe e desce do mercado. Essa aversão ao risco também pode ser explicada pelo desconhecimento dos mecanismos de funcionamento da bolsa. Se um sujeito mal sabe o que é uma ação, o que irá levá-lo a investir nesse ativo? Boas oportunidades no longo prazo Apesar dos argumentos apresentados acima, investir em renda variável não é recomendado para qualquer pessoa. A decisão de aplicar vai depender, sobretudo, do prazo que você terá até resgatar o dinheiro. O risco de um ativo está associado a sua volatilidade. Se um ativo de alto risco é muito volátil, por que então alguém vai querer investir nele? A resposta é simples: porque no longo prazo o retorno tende a ser bem maior em comparação a um ativo mais conservador, como um título de renda fixa, por exemplo. A regra geral aponta que praticamente todos os investidores da bolsa "perdem dinheiro" em um determinado momento. Isso é natural, se considerarmos a lógica do mercado, marcada pela volatilidade. Dessa forma, quem tem um horizonte de investimento maior, tem a chance de recuperar o "dinheiro perdido", e contabilizar ganhos adicionais. Nem sempre é preciso saber comprar na baixa e vender na alta, estratégia chamada de market timing. Com uma dose certa de paciência e disciplina, podemos obter bons resultados. Ninguém fica rico de uma hora para outra investindo na bolsa. O investidor deve criar sua estratégia pensando no futuro. Nos últimos dez anos, quem aplicou em fundos DI está amplamente satisfeito. Fez uma excelente aplicação, com boa rentabilidade e pouco risco. O que há de melhor? O investimento em ativos de renda fixa superou o Ibovespa, uma vez que os juros da economia brasileira estavam (e ainda estão) num patamar incrivelmente elevado. No entanto, a situação deverá se modificar no médio prazo, pois com a maior estabilidade da economia espera-se uma queda significativa dos chamados juros reais, ou seja, os juros depois de descontada a inflação. E não é por causa desses sinais positivos do mercado que você deve começar ainda hoje a investir na bolsa. Aplicar em ações exige cautela: não podemos ter pressa. Em geral, não devemos colocar mais de 30% de nosso patrimônio em renda variável. E este percentual deve ir diminuindo à medida que a aposentadoria se aproxima. Durante a velhice, não temos tempo para esperar por uma eventual recuperação do mercado se houver uma crise, o que explica a redução do percentual investido em ações com o passar do tempo.
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