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O Governo dos Banqueiros
(Rodrigo Constantino)

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A retórica vazia sempre foi um instrumento usado pelo PT para a
conquista de votos dos mais ignorantes. A criação de bodes expiatórios
era freqüente, alterando o alvo de acordo com as necessidades do
momento. Até mesmo a culpa da inflação, um efeito monetário causado
pela irresponsabilidade do governo, já foi atribuída à “ganância dos
empresários”, afrontando a inteligência do mais simples dos eleitores.
Mas um grupo em particular sempre foi alvo preferido dos petistas: os
banqueiros. Estes eram praticamente o próprio Lúcifer encarnado, pela
ótica do partido. Creio ser útil então verificarmos como esses
“demônios” se saíram durante a gestão Lula.

A média do retorno
sobre o patrimônio líquido de quatro grandes bancos brasileiros, o
Itaú, Bradesco, Unibanco e Banco do Brasil, foi de 21,7% em 2002, ano
em que Lula assumiu a presidência. No final de 2005, esta média já
havia saltado para 28,9%. No primeiro trimestre de 2006, esse retorno
médio, acumulado em 12 meses, estava em 30,4%. Em resumo, esses bancos,
representativos de todo o setor, apresentavam retorno médio próximo de
20% quando Lula foi eleito, e agora passam dos 30% de retorno sobre
patrimônio líquido. O lucro líquido desses quatro bancos somou R$ 7,4
bilhões em 2002, pulando para R$ 16,8 bilhões em 2005. Um crescimento
de 125% em apenas 3 anos. O resultado do primeiro trimestre de 2006
anualizado é ainda mais espetacular, projetando um crescimento de 215%
sobre 2002. Nada mal para um setor que era visto como a raiz dos males
da nação pelo partido que agora ocupa o poder.

Obviamente que
aqueles que tentam ocupar o espaço deixado pelo PT acusam Lula de
“neoliberal” por conta disso. O P-SOL, da senadora Heloísa Helena, é
apenas o PT de ontem, nada mais. Em vez de explicar as causas desse
elevado retorno financeiro, esses populistas preferem apenas atirar em
fantasmas inexistentes. Acusam o próprio PT de partido dos banqueiros –
o que de fato parece ser – mas oferecendo falsos remédios para o
problema. Afinal, mergulhar nos reais motivos desta situação levaria à
constatação de que as medidas necessárias são opostas àquelas pregadas
pela esquerda radical.

A elevada taxa de juros, que acaba
beneficiando o resultado dos bancos, não é causa dos problemas, mas
conseqüência. Ela não pode ser decretada arbitrariamente pelo governo,
pois depende da oferta e demanda do mercado. É um termômetro que indica
a febre, não o vírus que cria os sintomas. A “solução milagrosa” que a
esquerda prega costuma ser apenas quebrar esse termômetro, como se
assim a febre pudesse desaparecer num passe de mágica. Nada mais
fantasioso. Como quase toda cura, esse problema exige esforços
verdadeiros, remédios amargos. Sua principal causa está nos elevados
gastos públicos, sem perspectiva de redução à frente. Uma dívida
interna superior a um trilhão de reais, um rombo previdenciário
crescente e explosivo, uma carga tributária absurdamente elevada, a
ausência de um império da lei, enfim, um completo fracasso do modelo
estatal, totalmente inchado e ineficiente.

Entendendo onde
reside a raiz do mal, fica mais fácil compreender porque a esquerda
prefere tratar do tema de forma tão superficial, acusando os bodes
expiatórios de sempre. Afinal, ela defende mais do veneno que causa os
males, em nome da “justiça social”. De forma esquizofrênica, a esquerda
condena os efeitos mas pede mais do veneno que permite tais efeitos
perversos. Querem que as sanguessugas curem a leucemia.

De
fato, o governo Lula é mesmo o governo dos banqueiros. Vimos como o
lucro dos bancos cresceu durante sua gestão. Mas nada disso deve-se à
suposta guinada de Lula ao “neoliberalismo”, que passou mais longe do
Brasil que Plutão da Terra. O governo Lula é o governo dos banqueiros
justamente porque não atacou as causas verdadeiras das astronômicas
taxas de juros. Para tanto, teria que adotar inúmeras reformas
liberais, visando à redução do tamanho do Estado. Teria, em outras
palavras, que dar, de fato, uma guinada rumo ao liberalismo!



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