Folha de Sao Paolo
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Folha de São Paulo – Brasil
Seção Negócios (Caderno de Negócios) – 21/05/2005
Título: Turismo abre portas a empreendedores nas cinco regiões
Aconteceu no salão de turismo em São Paulo, a amostra do programa de roteiros do Brasil tendo como iniciativa o Ministério do Turismo do governo Federal.
São aproximadamente oitenta e sete roteiros de trilhas sugeridas, que tem por objetivo: abrir novas perspectivas financeiras a pequenas, médias e micro empresas na área de turismo. Como apoio, o Sebrae e instituições financeiras sérias apostam na realidade do crescimento econômico interno turístico, a partir de levantamento de pesquisas e constatações reais das riquezas e variedades de recursos naturais existentes ainda não explorados no Brasil, de forma consciente, estruturada e "ecologicamente correta".
Segundo professores da USP e especialistas em turismo, o importante é conscientizar os empreendedores que queiram investir nesta área. Antes monopolizada em alguns pontos apenas, o turismo não parecia ser um bom investimento... Mas através da criação de novas trilhas, infra-estrutura por parte do governo, capacitação profissional do pessoal, aliados às riquezas naturais, históricas e culturais já existentes destes lugares, vale a pena investir em Turismo.
Estas rotas tornam-se na verdade, importantes elos. Unindo os pontos turísticos já existentes e fortalecendo os que surgem. Fortalece-se também a economia, abrindo portas promissoras com retorno garantido dos investimentos a médio prazo em lugares até então, desapercebidos.
Através de enviados especiais a folha de São Paulo foi conferir cinco roteiros dos oitenta e sete sugeridos, um em cada uma das cinco regiões brasileiras..
Intitulado de Portas para o Brasil, as páginas seguintes, relatam através do olhar dos enviados especiais através de vários subtítulos chamativos e fotos interessantes, os cinco roteiros visitados em questão onde norteiam os investimentos a serem feitos e as benfeitorias já existentes.
Bonito, Serra Bodoquena e Pantanal são um dos exemplos dos roteiros interligados. Segundo a reportagem, dos três lugares citados acima, cerca de 70 % dos visitantes do Pantanal são estrangeiros que permanecem cerca de 3 a 5 dias e deixam considerável soma de dinheiro em nosso país, isto, devido a divulgação de ser uma das maiores concentrações da fauna e flora do novo Mundo. Apesar de não muito divulgado Bonito e Serra Bodoquena, também lugares turísticos de grande valor ecológico, são visitados em sua maioria por turistas locais, o que poderia ser diferente, se houvesse ali uma visão econômica planejada por especialistas.. Assim, o Sebrae e os governos municipais, estaduais e federais resolveram unir suas forças em busca da integração desta rota . Asfaltando estradas, reativando o trem que faz passeios pelas matas desvendando riquezas da fauna e flora e que tendem a gerar maiores rendas para a região. Isto através da divulgação destes roteiros turísticos gerando oportunidades de bons negócios partindo das necessidades ditadas pela demanda que são: hospedarias, restaurantes, chalés, comércio e artesanato, turismo contemplativo, de eventos e esportivos como também postos de abastecimento de produtos da região.
Já na região Sul, Bento Gonçalves e Camburá do Sul, são exemplos de uma das rotas alternativas que possuem a supervisão e o estímulo do Sebrae, onde existe a necessidade de investimentos lucrativos nas áreas da gastronomia, hospedagem, turismo de aventura, agencias de ecoturismo, locadoras de veículos, postos de combustíveis, entretenimento e lazer. Aliando-se também ao artesanato local e aos produtos como mate de chimarrão e a fartura das uvas e seu processamento; como também; a linda paisagem impulsionada em Camburá do Sul, pela beleza do Parque Nacional de Aparados da Serra.
Já na região Sudeste, a rota visitada foi o antigo caminho de transporte de ouro e diamante no tempo do Brasil colônia. Batizada como estrada Real passa por mais de 177 municípios entre Minas, São Paulo e Rio. Como o fluxo é grande nesta rota que conta com uma ONG; cidades como Congonhas e Mariana dentre outras, necessitam de investimentos no setor de hotelaria e gastronomia e carecem de bufês. As partes interligadas paulista e carioca destas rotas, também necessitam de investimentos como exemplo o ecoturismo..
Participando de um macro roteiro, que uni o litoral do Piauí aos dos vizinhos Maranhão e Ceará da região nordeste,surge um roteiro ideal para desenvolvimento turístico onde busca-se oferecer ao viajante de alta renda ,confortoe lazer . Isto predispôs à construção do aeroporto para facilitar o acesso a ilha; onde existe a beleza de um único rio que desemboca em mar aberto em forma de Delta das Américas. A ilha pede investimento urgente em todos os setores da economia: transporte de veículos off-road, agências de Turismo, Comércio de artesanatos, hotéis e pousadas, restaurantes, aluguéis de lanchas etc.
Finalmente a quinta e última região: Tocantins. Onde já estimam-se cerca de 2,7 milhões de investimentos em infra-estrutura no cerrado de Jolapão. Cidade esta, que já possui aeroporto, devido ao difícil acesso. Este mesmo difícil acesso é o motivo também da preservação das belezas intocáveis de dunas e cachoeiras gigantescas e do famoso artesanato de capim Dourado.
Mas o maior desafio, segundo o enviado Especial Cássio Aoqui: "é gerar desenvolvimento com o turismo sem perder o principal atrativo local – a chance de dar ao forasteiro a sensação de vazio infinito 'em pleno coração do Brasil.
Há espaço para investimentos no turismo de aventura, negócios de saúde, meios de hospedagem, alimentação, operadoras de turismo, lojas de material de construção, lan house , correio expresso, comércio e artesanato.
Assim, para quem pode investir neste ramo em ascensão. É chegada a hora. Faça essa viagem. Mãos a obra!!!
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