Filhos da Terra
(pirata43)
Já não mais pertencemos ao seio da terra, somos materialistas, mas de um tipo de matéria solúvel, é uma fumaça tênue, com estranhos poderes, que endurece os sentidos, contagiando todo o resto; Meu sorriso pra você tem um preço, Sua dor pra mim tem um preço, Soa com um tom irônico o estudo dos fins das eras, dos regimes, das civilizações, foi real na história, mas, enquanto escrevemos a nossa, trata-se apenas de uma utopia, porque hoje somos tecnológicos. Talvez a culpa seja da própria terra, pois a mesma que nos alimenta, não nos acompanha, não evolui, não traga pra dentro de seu peito nossa fumaça, não digere nossos dejetos, não se programou a nós, “pobres mortais”, porém tecnológicos. Não, ao seio da terra não pertencemos mais, e nem ela nos pertence também. Somos um paralelo, ou seja, não nos encontraremos mais, Bem vindos ao passado, bem vindos ao fim.
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