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O Politicamente Correto na Medicina
(Theodore Darlymple)

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Uma praga que grassa na vida diária de todos nós é aquela obrigatoriedade de conformar nossos pensamentos à uma concepção de mundo que se tornou algo próxima de canônica, uma visão de mundo que exclui qualquer questionamento mais frontal à verdades pré-estabelecidas e obrigatórias; uma aberração mental chamada Politicamente Correto. Não é muito fácil de definir o que significa esta expressão, mas o que ela representa é tão fácil e prontamente identificável que não é preciso um esforço mental muito grande para entender o que se quer dizer com isso. O Politicamente Correto avança em todas as direções e em todos os campos de conhecimento e discussão. Chegou, sem muito estardalhaço, ao mundo da medicina. É sobre isso que escreve Theodore Darlymple no New English Review desta semana, em um artigo chamado PC among the Docs ( Correção Política entre Doutores ). Darlymple, médico e grande crítico cultural, chama a atenção de três artigos publicados no New England Journal of Medicine que padecem do mal da falta de clareza induzida pelo Politicamente Correto. Um dos artigos versa sobre o sofrimento infligido aos prisioneiros condenados à pena capital quando de sua execução. A descrição do artigo fornecida pelo autor e as objeções à argumentação usada para estabelecer a desumanidade alegada nos procedimentos levados a cabo para se cumprir a sentença já valeriam a pena a leitura do artigo. Em resumo, Darlymple contesta que o sofrimento suportado pelo prisioneiro seja de qualquer forma desumano ou exagerado, argumentando que um monitoramento feito a um prisioneiro que escutasse a proclamação de uma sentença de 10 anos de cadeia seria tão desumano quanto, a se levar a sério as conclusões do artigo. Mas o que faz realmente imperdível a leitura do artigo é a crítica aos dois outros artigos relacionados para análise, que tratam de obesidade infantil. Darlymple comenta que os artigos discutem a responsabilidade do governo em proibir companhias da indústria de alimentos de conceber publicidade dirigida especificamente para crianças, estimulando o consumo de junk food. Ele em princípio concorda com essa preocupação, mas se mostra desconfortável quanto à total ausência de qualquer menção ao papel dos pais no processo de educação alimentar dos filhos. Constrói, a partir daí, uma crítica fundamentada, e de uma clareza lógica inescapável, ao papel dos pesquisadores que assinam o artigo no NEJM e da discussão médica em geral em retirar de pauta a obrigação dos pais em educar as crianças, deixando esse papel ao governo e salientando que, ao considerar-se esse o caminho certo em relação à educação alimentar, pode-se inferir que esse mesmo caminho poderá ser seguido no que concerne a outras áreas da educação. Por esse caminho, chega-se ao totalitarismo, alerta. É um belo texto, que aponta implicações éticas e morais em atos ou opiniões informados por conceitos baseados em uma visão de mundo que obscurece os verdadeiros valores a se levar em conta. Vale a pena ler. Pra quem quiser acessar o texto integral, em inglês: http://www.newenglishreview.org/custpage.cfm?frm=3442&sec_id=3442



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