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A Violência na Escola
(Sandra Montenegro)

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O Fenômeno Social da Violência na Escola


Sandra Montenegro



A temática, violência na escola foi fruto de uma pesquisa que realizamos com alguns dos nossos alunos, e, nos remetendo a Paulo Freire, acreditamos que a gente fala a partir do chão em que se vive.
Aprender é uma atividade permanente para todos os seres vivos, todos estão se educando e aprendendo mutuamente o tempo inteiro. Para mim, o convívio com diversos alunos e alunas é gratificante porque me permite ouvir, sentir, olhar, perceber outros dizeres, intuir caminhos, seguir jornadas e estradas pouco conhecidas ou pouco exploradas. Assim, pretendo abordar de modo sucinto, neste texto, algumas das causas que têm dificultado o processo de relacionamentos em sala de aula, as distorções de comunicação entre alunos, professores e família, mas também tem a intenção de contribuir com algumas reflexões sobre os possíveis caminhos que possam melhorar, proporcionar mais qualidade a convivência humana.
É muito dinâmica e complexa a interação individual e social, portanto, é a partir das trocas e mediações que os momentos interativos surgem para fortalecer os grupos de convívio. Para não existir a violência é preciso permitir o encontro. Este texto aborda a problemática da violência em sala de aula, mas também está repleto de esperanças da possibilidade de se viver uma relação educativa de abertura para a alteridade, para a ética com o outro e comigo mesmo. É preciso estar face a face com o outro, não negar sua corporeidade, seu estar no mundo. Negar estes aspectos fundantes do sujeito é negar o existir humano.
Tem aumentado o índice de suicídios no Brasil e no mundo, sem contar as ansiedades, as fobias, a auto-mutilação e outros fenômenos que caracterizam o desconforto emocional do nosso contexto social. As famílias estão em desordem, as pessoas buscam respostas para seus questionamentos subjetivos e nem sempre as encontram, e, portanto, a dificuldade de lidar com a frustração, uma vez em que vivemos na sociedade do desejo imediato. Assim, as pessoas também estão em desordem afetiva e emocional. Não é por acaso a avalanche de livros de auto-ajuda, onde muitas vezes seus autores estão apenas atrás de alguma recompensa material.
Mas o que isto está relacionado à escola? Por que estamos incluindo o fenômeno da violência no âmbito escolar? Podemos dizer de modo aligeirado que o espaço escolar é um recorte do que acontece no espaço da sociedade, dessa maneira, a escola reflete as inquietações, os medos e os anseios da população na qual está incluída.
Educar e aprender são atos interligados, que ao mesmo tempo é constituído de sombras e luzes, portanto, faz-se necessário uma busca constante de parâmetros, de princípios que ajudem a iluminar e encaminhar o nosso fazer pedagógico.
Se estamos tratando do fenômeno da violência, então podemos afirmar que a escola tem vivenciado a indisciplina, o vandalismo, a tensão e o mal estar entre alunos, entre professores, enfim, entre a comunidade escolar. A violência assume muitas formas e práticas sociais: moral, sexual, ideológica, física, ecológica, entre outras. Presenciamos a banalização da violência veiculada pela mídia, assim como o incentivo ao consumo e à satisfação de desejos imediatos.
A cultura ocidental vem criando hábitos que desumanizam as pessoas:

A violência física como solução imediata de problemas.
A violência estrutural que se observa no aprofundamento da miséria, da ignorância, da injustiça social.
A violência étnica que é perversa e dissimulada para com as pessoas pertencentes a outros grupos e/ou etnias.
A violação moral quando expressa, entre tantas formas, o abuso do poder político e econômico.
A violência da impunidade, do despreparo de alguns representantes políticos e do corporativismo.
A violência da negação dos direitos trabalhistas e sociais.
A violência do fanatismo e do sectarismo.

O movimento da psicologia, da linguagem e da educação, que é a do movimento do diálogo e que não deve ser isolado, veio para auxiliar nestas reflexões. Neste sentido, dialogar significa que existe uma relação de complementaridade sem que seja preciso uma fusão, mas cada ser mantendo suas características particulares. Os atos violentos estão por toda parte, no trânsito, nas ruas, nas prisões, nas salas de aula, nos recreios, nos lares, nas igrejas, nas famílias, nas administrações e em diversos outros lugares, pois ela pode ser psicológica, simbólica ou física. Os maiores problemas em sala de aula são decorrentes de:
· Insatisfação com os baixos salários.
· Desmotivação dos alunos para assistirem as aulas.
· Alunos que perturbam as aulas com conversas paralelas, risos e deboches.
· As famílias, em sua maioria ignoram as reclamações e não dão assistência aos seus filhos.
Em relação aos educadores é comum serem vítimas de violência verbal com ameaças, riscar carros de professores, rasgar provas, roubo de material didático do professor e às vezes retirar a carteira de dinheiro de dentro da bolsa de professoras.
Ouvindo os alunos, as reclamações dos mesmos evidenciam os seguintes problemas:

· Quando perguntam os professores os respondem com ironias.
· As aulas são monótonas, o material de aula não é atraente.
· Demonstração de preferências por determinados alunos em sala de aula.
· Questionam a validade do que está sendo ensinado para o futuro profissional.
· A maioria considerou a escola um local de sofrimento.



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