Resumo de Lauren Bacall

"A vida é estranha. A minha vida é o que jamais esperei que ela fosse" (Lauren Bacall).

Nascida Betty Joan Perske em New York a 16 de setembro de 1924, foi criada sem o pai desde os três anos, quando este se mandou. Talvez, por isto, tenha buscado a imagem paterna boa parte da vida. Vivia com a mãe e o tio e estudou no Actor's Studio. Foi lanterninha em Teatros da Broadway e modelo em lojas de luxo. Aos 19 anos, recebeu o convite para posar como capa da Haper's Bazaar, revista de moda.
Slim Hawks, esposa do diretor Howard Hawks, a viu na revista e revelou quem viria a ser uma diva do cinema. Partiu daí o convite para interpretar Marie, personagem do novo filme de Hawks, Uma Aventura na Martinica.
Como Marie Browning, enfrentou o herói machista de Humphrey Bogart. O papel rendeu elogios e um grande sucesso. Diziam que Bacall tinha a sensualidade de Marlene Dietrich, a arrogância de Greta Garbo e a beleza de Rita Hayworth. Após o filme, Lauren casou-se com seu co-astro Humphrey Bogart, 25 anos mais velho que ela.
Casada com Bogart, dedicou-se ao lar, teve dois filhos e não fez tantos filmes quanto Howard Hawks esperava depois de trazê-la de New York. Lauren, após o primeiro filme, atuou ao lado de Charles Boyer em Confidential Agent, considerado um fracasso.
Mas Hawks colocou-a de volta na cena em À Beira do Abismo, com Bogart. Sucesso de público, todos queriam desvendar o mistério da trama, mas nem Raymond Chandler, criador da história, conseguia entender o que escrevera. E, junto com O Falcão Maltês, À Beira do Abismo é considerado um dos maiores clássicos do cinema noir.
Bacall e Bogart ainda atuaram em Prisioneiro do Passado e Paixões em Fúria, este último tido como um dos melhores filmes de John Huston. Sem Bogart, Bacall apareceu com Rock Hudson em Palavras ao Vento, de Douglas Sirk; Êxito Fugaz, ao lado de Kirk Douglas; e Como Agarrar um Milionário, tendo como coadjuvantes Betty Grable e Marilyn Monroe. Teve ainda Rota Sangrenta, com John Wayne; Paixões sem Freios, de Vincente Minelli etc.
Em 1957, após o término das filmagens de Teu Nome é Mulher, comédia na qual a atriz contracena com Gregory Peck, Bogart morreu de câncer. O casamento durou 11 anos. Com o falecimento de Bogart, Hollywood quis esquecê-la, pois sempre a consideraram a Sra. Humphrey Bogart.
Ela retornou, então, a NewoYork e dedicou-se à Broadway. O teatro, acima do cinema, era uma paixão. Trabalhou em peças de sucesso. Cactus Flower e Applause, rendeu-lhe prêmios Tony e o reconhecimento. Em 1969, quando decidiram filmar Cactus Flower, preferiram Ingrid Bergman como protagonista. Em New York, casou-se com Jason Robards e tiveram um filho, Sam Robards, também é ator.
Em 1974, voltou a Hollywood e teve uma atuação aclamada em Assassinato no Orient Express. Nada de prêmios. Optou pelo retorno aos palcos da Broadway e atuou nas montagens O Doce Pássaro da Juventude (de Tennesse Williams), Goodbye Charlie, Woman of the Year e Wonderful Town.

Teve pequenas participações no cinema. Fez o último filme de John Wayne, O Último Pistoleiro: O Fã - Obsessão Cega (1980) e Louca Obsessão, de Rob Reiner (1990). Em 1996, Barbra Streisand a convidou para interpretar Hannah em O Espelho tem Duas Faces. Ganhou o Golden Globe, mas não o Oscar. Voltou às telas, ao lado de Nicole Kidman, no filme de Lars Von Trier, Dogville (Reencarnação, 2005). A atriz mora sozinha no famoso edifício Dakota (NY) Em sua segunda autobiografia NOW, Lauren continua amando Humphrey Bogart. E, em 2007, voltará à telona em The Walker.

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