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Argonautas do Pacífico Ocidental
(Bronislaw Malinowski)

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O termo argonautas transporta-nos para a lenda grega, para os mitos…Na verdade, Argonautas do Pacífico Ocidental é um título bem sugestivo para descrever a etnografia de um povo navegador – o trobriandês - cuja cultura não pode ser dissociada do mito, da magia. Estes dois elementos são imanentes à cultura trobriandesa. Têm uma força, uma grandeza que envolvem de tal maneira esta cultura que falar desta sem falar desses elementos não faria qualquer sentido.

Para este povo o mito serve de fundamento à magia. Esta é uma força que o nativo acredita possuir para eficazmente dominar a natureza em seu favor. É uma técnica de que dispõe para usar sobre a natureza. Que pode usar para a consecução do êxito ou prejuízo dos outros.

Todas as tarefas são envolvidas por rituais mágicos em cuja eficácia os nativos crêem firmemente. Por isso, os executores dos encantamentos mágicos assumem relevância, gozam de importância social, detêm poder e privilégios e em determinadas circunstâncias são temidos. Os bowoga’u e as mulukuausi são os tipos de feiticeiros mais temidos entre os nativos pela prática da magia negra.

No topo da hierarquia social está o chefe poderoso e rico, tratado de forma especial pelos demais; na sua presença nenhum plebeu pode apresentar-se com altura superior. Neste caso, precisa curvar-se ou agachar-se. O chefe é rodeado de todas as atenções. O chefe premeia, paga os serviços prestados e castiga. Porém, a punição é quase sempre aplicada pelos feiticeiros.

Este povo é horticultor, pescador e comerciante, cujo comércio está ligado à navegação que se faz dentro de uma importante instituição ritualizada: o Kula.

Através do Kula os nativos reconstituem um tempo passado. Por um período, entram na posse de objectos tradicionais de grande valor estimativo e com significado – colares e pulseiras de conchas – fazendo longas viagens nas suas canoas no círculo de ilhas para, à medida que trocam esses bens, criarem laços de solidariedade e confiança entre os parceiros com quem estabelecem a troca.


Sobre o autor:
Malinowski (1884/1942) inicia e desenvolve um novo momento no percurso da Antropologia.
A sua formação situa-se primeiramente no campo das chamadas ciências exactas: física e matemática. Mais tarde interessa-se pelos problemas levantados pela Antropologia e passa a dedicar-se ao seu estudo.
Assim, da sua cidade natal, Cracóvia, na Polónia, Malinowski descobre o mundo, fazendo múltiplas viagens, sempre na procura de conhecer e melhor compreender as diferentes culturas.
Malinowski efectuou várias expedições aos Arquipélagos da Melanésia da Nova Guiné, entre 1914 e 1918. Em 1922 é publicada a sua obra, Argonautas do Pacífico Ocidental, que é a monografia das ilhas Trobriand.



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