revista realidade hospitalar
(Glaxowellcome/resumo de miguel mauro)
O PREÇO DO PROGRESSO
INFECÇÃO HOSPITALAR
Ao comparar o panorama atual com o de dez anos atrás,nota-se que o método simples ,como água e sabão nas mãos e no chão,têm apresentado bons resultados .O outro lado da moeda é que corremos o risco de agravar alguns aspectos do problema da infecção hospitalar ,devido aos avanços da medicina .
As perspectivas de vida de alguns pacientes aumentaram muito em relação à década passada .Nos primeiros estágios da doença,os portadores de HIV não viviam mais do que três ou quatro meses.Hoje,eles podem sobreviver até oito,nove ou dez anos.Tambem conseguem sobreviver por mais tempo pacientes com outras imunodeficiência extremamente severas,aqueles operados de lesões graves,os submetidos a transplante de órgãos e os prematuros muito precoses,até com 400ou500 gramas,oque não acontecia em outras décadas.
Alguns dos modernos métodos de diagnóstico colocam em risco a integridade microbiológica do paciente.São catéteres,sondas,sistema de rastreamento de testes muito invasivos que permitem a transmissão de infecções com risco maior do que em outras décadas.Acrescente-se a isso a resistencia bacteriana cada vez maior de determinados micróbios,que tornam mais difícil o dominio de algumas infecções como por exemplo a tuberculose.Nesse caso, o hospital não tem como determinar se a infecção surgiu por instrumentos,produtos e serviços gerados internamente ou se foi por responsabilidade externa.Como não há controle,não se pode saber se foi a mão suja que provocou a contaminação,um instrumental mal preparado,uma pinça ou bisturi trazidos de fora,que tenham escapado aos sistemas decontrole do hospital,um soro contaminado ou se foi provocada pelo próprio paciente.
Precisamos voltar ao assunto,para que autoridades do mundo inteiro,se voltem para o fato,e não deixem que isso se torne uma ipdemia.
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