A hora do Universo
(Onésimo Gomes)
Assim como pulsa a luz das estrelas no Universo, a mente humana bombeia o pensamento numa desenfreiada profusão de idéias. O raciocínio alimenta-se da necessidade de dismistificar o segredo da existência. Para tudo buscamos respostas convincentes. Nem sempre as encontramos no conhecimento vastamente difundido. Quando isso acontece, acionamos o nosso aparelho investigativo e procuramos acertar o caminho do entendimento de tudo que se faz obscuro ou simplesmente desconhecido. Em todas as nações do mundo existem pessoas usando a massa cefálica na procura de mistérios desvendáveis. Essas criaturas são responsáveis pelos avanços nas mais variadas áreas do conhecimento humano. Há nações que desempenham melhor o seu papel de aperfeiçoar as ciências. Elas investem adequadamente no talento científico e nos instrumentos para se alcançar o conhecimento. Outras nações pouco investem e quase não valorizam a potencialidade de seus pensadores e cientistas. Um gênio não escolhe o local do seu nascimento, mas há lugares em que ele se destaca e contribui para humanidade e outros que os anulam por falta de oportunidade, deixando o conhecimento humano sem a sua parcela de participação. Esta é a razão de haver tantas descobertas atribuídas a homens de determinado País ou raça. O Brasil ocupa posição de destaque na contribuição às ciências de modo geral? Sua produção é correspondente a sua extensão e existência de material humano? Há matéria prima nesse país para se produzir idéias? Pensar um pouco sobre a realidade brasileira nesta área poderá suscitar respostas interessantes para a transformação da nação. O Universo grita os seus mistérios em busca de quem possa interpretá-los. Para ele pouco importa quem e onde surgirá a voz do seu interprete. Quer mesmo derramar os seus segredos sobre nós como faz a chuva copiosa no seu tempo. A hora do Universo é agora, é sempre. O mistério só se revela aos que desafiam os segredos.
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