Correio Braziliense
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Eleições Brasileiras No dia primeiro de outubro, realizamos eleições-Gerais no Brasil. Foi um enxurrada de candidatos de todos os tipos: Desde políticos tradicionais, aventureiros, gente bizarra e porque não dizer, pessoas procurando um bom emprego público durante quatro anos. O problema nisto tudo é que de início, todos achavam que a população brasileira iria saber filtrar os canditos sérios e comprometidos, com todo o resto de oportunistas. Aconteceu praticamente o contrário. Políticos com uma longa história de mal-entendidos, processos na Justiça e inquéritos judiciais e legislativos foram eleitos como se nada estivesse acontecendo ou acontecido. A população perdoou passivamente esses tristes personagens. Era como se de uma hora para outra, atacasse uma amnésia coletiva e ninguém quisesse se perguntar por coisa alguma. Não se tinha preocupação com a importância do que estava se decidindo, nem muito menos o que isso iria refletir na vida de cada um. Personagens folclóricos e tipicamente palhaços agoram ostentam o título de senadores, deputados federais, deputados estaduais, deputados distritais. Têm-se de tudo, desde costureiro fora de moda, até tristes palhaços barbudos que falam rápido. Tudo em nome de renovação e novos tempos. Mas o quê essa gente têm a oferecer? Absolutamente nada. O Costureiro-Deputado, perguntado que tipo de político ele iria ser, simplesmente respondeu: Existe política no Brasil? Uma lástima sem fim para alguém desejoso em fazer a diferença e não apenas um outro chiquérrimo no Congresso Nacional. Fique triste. Após tanta propaganda de conscientização, tantos pedidos para que se votasse de maneira consciente e responsável, tanto dinheiro jogado fora com anúncios, palavróriose sem lá mais o quê. Disso tudo eu tirei uma conclusão um pouco pessimista: O Brasil é um país sério. Grande parte da população é comprometida. Grande parte faz sua parte. Acontece que temos partes sem memória, partes analfabetas e que não querem sair da situação de receber migalhas sem vitamina do governo, e partes pintadas eternamente para o carnaval. Coitados, não percebem nunca que são tristes palhaços.
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