Resumo de Diario do Nordeste -

HANSENIASE ENTRE OS INDIOS TABEPA: NOVO SURTO? Como assinante do Diario do Nordeste, na edição odierna, 18 de outubro, encontrei um artigo muito interessantesobre uma pesquisa que investiga casos de hanseníase realizada pela Secretaria de Saúde do Estado SESA)e Universidade de Fortaleza, a qual detectou quatro casos de suspeita de portadores da doença. Para quem não sabe, a hanseníase (ou lepra) é uma doença causada por uma bactéria, a mycobacterium leprae, que atinge a pele e os nervos. Sua caraterística mais marcante é o surgimento de áreas dormentes na pele, caroços e inchaços no rosto e nas orelhas, diminuição de força nos pés e nas mãos. Segundo a assistente social da Coordenação Estadual de Hanseniase, de 300 estudantes investigados, 64 apresentavam problemas de pele. Além de exames, foram realizadas algumas palestras e apresentações teatrais para explicar a doença aos indigenas. Essa pesquisa faz parte de um planejamento de ações do Governo Federal e da Secretaria de Saúde para reduzir a incidência dos casos de moléstia no país. A lepra ainda é vista de forma discriminatória, todos têm medo porque desconhecem asua atuação. A esse propósito, achei maravilhosa a campanha publicitária televisiva a que se prestou o cantor Ney Matogrosso para divulgar e exorcizar a doença.Ainformação é o principal agente de mudança poisela é fundamental para que se consiga um diagnóstico precoce. Apesquisa deu prioridade ao Municipio de Caucaia por ser ele o responsável por 60% dos casos no Estado. O alto indice de prevalência em cidades como Juazeiro do Norte, Crato, Sobral, Fortaleza etc., coloca o Ceará em quarto lugar entre os estados do Nordeste com maior incidência da doença. Entre os fatores que teriam influência no aparecimento da moléstia estão a deficiência protéico-calórica, a promiscuidade, falta de higiene e miséria em geral. Infelizmente a doença é considerada endêmica em todos os estados e macroregiões do país. A comunidade indigena dos tapeba foi incluida na pesquisa por estar apresentando um alto indice da doença entre seus habitantes. Infelizmente aminoria indigena só é manchete de jornais e revistas quandolê-se que as criancinhas estão literalmente morrendo de fome nas reservas ou quando houve um surto de alguma doença entre eles. Passada a comoção nacional, distribuídas as bolsas-familia pelo governo federal, a consciência(deles e a nossa também) volta a tranquilizar-sepois amanhã já terão caido no esquecimento e não fazem mais noticia, como sempre acontece nesse país.

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