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Angústia num envelope
(Pe. Jorge Ribeiro)

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Angustia Porque uma carta é uma obra, seja ela qual for, é tentador fazer uma obra de arte, que valeria por si mesma. Nem todos são gênios, mas uma carta pode sobreviver. Pode sobreviver a morte de quem escreve ou recebe. Isso dá a ambos, quando pensam nisso, uma apreciação mais justa de sua fragilidade, de sua importância para o outro, um pelo outro, também pelo peso de cada palavra. Não é esse o caso de todas as cartas, mas esse é o caso daquelas que contam, das únicas que merecem ser escritas, mesmo as mais simples, mesmo as mais nuas. O estilo não é o que importa. A correção não é o que importa. Uma carta vale mormente por sua intimidade, por sua doçura, pelo que contem de amor ou de segredo. Todo o mundo pode escrever uma, pelo menos todos os que sabem escrever. Basta ser verdadeiro. Basta escrever o mais perto possível da vida como ela é, tal como parece, tal como passa e permanece, nossa pobre e pequena vida de mortais, como à espera de quem sabe o que, ou sabe-se lá demais, como à espera de si mesma, como que privada de si, , e no entanto viva, tão viva, tão pungente de fraqueza, de futilidades, ...toda nossa angústia dentro de um envelope.



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