Resumo de NEBULA - A.VASUDEVAN

Uma nebulosa é uma "nuvem" de material interestelar que pode ser observada através da luz que emite, reflecte ou absorve.As nebulosas são diferentes das galáxias. A constituição física das nebulosas era desconhecida até William Huggins ter observado (1864) a nebulosa de Orion e descobriu que tinha uma linha espectral brilhante, indicadora de que consistia numa nuvem quente de gás interestelar que emitia luz de forma identica a uma lâmpada de vapor de neon ou mercúrio. Em meados dos anos 20, Edwin P. Hubble demonstrou que outras "nebulosas" com espectro contínuo são na verdade galáxias distantes. A maioria das verdadeiras nebulosas possuem linhas de emissão espectral semelhantes à nebulosa de Orion. A sua fonte principal de energia, que ioniza e aquece o gás interestelar e faz com que brilhe, é a radiação ultra-violeta emitida por estrelas muito quentes. A temperatura média das estrelas da nossa galáxia têm temperaturas da ordem dos 40,000 graus Kelvin e emitem grande quantidade de radiação ultravioleta. Devido ao facto de o gás mais abundante ser o hidrogénio (H), muita da radiação ultra-violeta é absorvida na fotoionização do hidrogénio, convertendo-o em iões de hidrogénio (H§) e electrões. Os electrões criados desta forma têm alta energia cinética, o que faz com que o gás interestelar seja aquecido por este processo de fotoionização. Outros elementos no gás, como o Hélio, o oxigénio, o carbono, o neon e o nitrogénio, são também fotoionizados da mesma forma. Apesar de as nebulosas com emissões espectrais lineares serem muitas vezes designadas de regiões H II (significando regiões H§) devido à grande abundância de iões de hidrogénio, outros iões estão presentes embora em menores quantidades. Estrelas com temperaturas abaixo dos 25.000 graus Kelvin não emitem radiação ultra-violeta suficiente para ionizar e aquecer de forma o gás interestelar. Isto é conhecido como uma nebulosa reflectida. O gás de uma nebulosa reflectida não brilha porque não se encontra fotoionizado e aquecido. Estrelas mais desenvolvidas podem, por si, lançar à sua volta nuvens de gás, chamadas nebulosas planetárias, no entanto, estas não contêm material interestelar. Algumas nuvens interestelares densas, contendo grandes quantidades de poeira, cortam completamente a luz das estrelas por detrás de si. Surgem com um aspecto de nebulosas escuras e são conhecidas como nebulosas de absorção. Um exemplo é a nebulosa Cabeça de Cavalo em Orion. Os materiais que constituem muitas nebulosas são materiais provenientes de explosões de Supernovas. Os cientistas detectaram sinais de formação de novas estrelas, assim como em algumas nebulosas como glóbulos. Como poeiras e gases se encontram misturados, as forças gravitacionais aumentam e originam energia térmica. Quando a quantidade de massa acumulada e energia são suficientemente grandes, os átomos de hidrogénio fudem-se e formam uma estrela. Nebulosas pequenas e brilhantes, designadas por objectos "Herbig-Haro", em tempos consideradas estarem nestas condições, são hoje conhecidas como agrupamentos entre jactos de gás que surgem de novas estrelas.

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