Vitória dos Democratas
(Laerte Braga)
A vitória do Partido Democrata nas eleições legislativas e para governos estaduais nos Estados Unidos não muda a essência de nada. Só as moscas. O que significa dizer um pouco do estilo, do jeito de fazer as coisas.Bil Clinton patrocinou uma chacina na antiga Iugoslávia. Bush faz a mesma coisa no Iraque, no Afeganistão, ocupa a Colômbia, compra o Paraguai, transforma-o numa fazenda e agora ameaça a Nicarágua.É só questão de estilo. Clinton tocava saxofone e adorava um blow job nos cantos da Casa Branca. Bush se acredita enviado divino, vive cercado de pastores e que tais, não se contém diante da suástica e sonha o IV Reich. No máximo umas coristas dos sallons de Dallas.A opinião pública naquele país acreditava piamente que Saddam Hussein iria destruir o mundo com armas químicas e biológicas e aprovou a invasão do Iraque. Fez mea culpa nessas eleições reproduzindo o comportamento de outras guerras em outros tempos, sempre com pretextos falsos e objetivos claros.No caso do Iraque, o controle do petróleo, a garantia de governos domesticados na região para garantir o braço fascista de lá, Israel. No Afeganistão o controle do ópio e os grandes “negócios” derivados disso daí.Bush é só o representante da republica do Texas. Uma espécie de gente que acha que até hoje é preciso sacar o revólver todas as vezes que alguém esbarra e não pede desculpas de joelhos e lustrando as botas do “ofendido”.Em nome de Deus e aconselhado por iracundos e mentirosos pastores vai distribuindo bombas pelo mundo. A primeira ação militar direta no Vietnã ocorreu no governo do presidente John Kennedy e foi Lyndon Johnson quem atolou os Estados Unidos na guerra. Ambos eram democratas.Bush traz consigo uma face um tanto diversa de outros líderes fascistas, embora não seja privilégio seu. Juntou o fundamentalismo religioso de extrema direita com os “negócios” de forma explícita. Se lixa para o opinião pública mundial, para governos aliados, se acha o senhor do mundo e do que no mundo está.Outros eram mais comedidos, pelo menos no discurso. No fundo os mesmos objetivos.Nixon quando soube das barbaridades cometidas pelo governo do general/ditador Garrastazu Médice, no Brasil, deixou seguir com o argumento que era preciso fechar os olhos a certos fatos para preservar os interesses do estado terrorista do Norte. Chegou a ser irônico: “é preciso engolir isso em nome da democracia”.Bush recuperou um período que começou bem definido com Ronald Reagan, avançou com Bush pai, ganhou velocidade menor com Clinton e alguns contornos diferentes, até sua eleição numa fraude monumental.Tudo dentro de um esquema terrorista/fascista.O que vai acontecer é simples. Em nome do patriotismo acendrado, doidivano, de cuspir o chicletes na hora do hino nacional nas partidas de basquete, engolir o hambúrguer nosso de cada dia, os democratas vão fustigar o presidente até as eleições presidenciais. O Iraque vai pagar o pato e Bush, por sua vez, vai ampliar o delírio de um IV Reich para garantir o lucro até o próximo mandato republicano.A grande noite republicana cristã e ocidental, deve ser o enforcamento de Saddam Hussein, transmitido ao vivo para o mundo inteiro. E com o aviso que crianças devem ser retiradas da sala e pessoas com estômago fraco, ou que não suportam emoções fortes não devem assistir sob pena de se sentirem mal.Já a bomba de fósforo utilizada por Israel no Líbano e contra palestinos, essa pode, cai e explode em nome de Deus.De repente difícil, mas não impossível, o do bigodinho invisível (mas nem tanto), o que engasga com pretzel e cerveja, pode até pedir aos iraquianos que transformem o enforcamento em fuzilamento.A vitória democrata não muda a essência de nada. Só estilo. Sai a areia, entra a vaselina.E da Johnson and Johnson de preferência, que a empresa está para fechar as portas.E aí, em breve nas revistas de negócios tipo EXAME, de como Saddam Hussein salvou a Johnson.
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