Resumo de RESSONÂNCIAS DA AMÉRICA LATINA

RESSONÂNCIAS DA AMÉRICA LATINAQue a voz da América Latina ecoe no ar! Que ressoe nos continentes como nunca se ouviu! É preciso que esta voz latino-americana se faça ouvir, que exalte os seus valores, reclame os seus direitos, proclame os seus anseios e evidencie o seu poder! Antes de ser descoberto pelos europeus, o continente americano vivia a mercê de sua própria sorte. Os seus habitantes não comandavam os seus destinos, porém, não eram conduzidos, desfrutando de liberdade plena. Com a chegada de espanhóis e portugueses, os povos indígenas se tornaram servis, colonizados e oprimidos. Na América do Sul as tribos foram dizimadas brutalmente e no México, a evoluída civilização asteca virou escrava dos espanhóis. A partir daí, a América Latina transformou-se em eterna colônia, pacífica e silenciosa. Sua voz não se fez ouvir.As centenas de anos seguintes foram de explorações das riquezas e recursos naturais, que julgavam inesgotáveis, dos desmatamentos e desmandos, condenando os povos nativos à cultura e costumes distintos dos seus. As colônias absorviam quietas, caladas. Com a independência, os países latino-americanos não se livraram das correntes, permaneceram presos economicamente e culturalmente. Nas longas décadas de repressão e ditadura dos generais na América do Sul, sempre houve a sombra do colonizador poderoso e algoz, espreitando, patrocinando e ordenando. Como pesava o silêncio latino-americano, que não tinha consciência de seu valor, de sua capacidade de trabalho, de produção econômica e cultural. Por que não reagir, por que não gritar, povos das Américas?Ainda é tempo. É preciso soltar a voz e gritar! Acabar com a pseudodemocracia que impera nas Américas. Seja do Sul, ou Central, falando português ou castelhano, diferentes culturalmente, mas semelhantes nos problemas sociais e econômicos, no abandono e na obediência quase cega. Percorrendo as ruas da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Peru, ou Costa Rica, nos deparamos com pedintes, violência, assalto, guerra civil, em meio aos shopings, hambúrguer, Ford, Shell e pop music. Que o grito da América Latina ressoe nos ouvidos dos governantes dos exploradores países ricos, que usam nossas terras para traficarem, para degradarem nossos povos. É preciso resgatar a nossa identidade, repudiar os estrangeirismos e os modismos que nos impõem. Chegou a hora de dizer “não” ao protecionismo disfarçado, que em pouco tempo, transforma-se em dívidas de sacrifícios pesados. América Latina, acredite em seu potencial. Deixe que o eco de sua voz ultrapasse os oceanos e atinja as terras mais longínquas, como um estrondoso sinal de libertação.

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