No capítulo 5, Livros para todos, Matthew Battles, introduz suas idéias, por meio de uma história fictícia, para observar sobre a trajetória e a então estagnação da biblioteca e seus sistemas até meados do século XIX.Suas observações detém-se a algumas bibliotecas citadas: A Biblioteca Nacional da Grã-Bretanha, a Biblioteca Nacional Francesa e a Biblioteca de Houghton são algumas delas, mas essas, refletiam perfeitamente a situação em que as bibliotecas dessa época se encontravam, principalmente na Europa e América.O autor faz uma pertinente observação, sob uma óptica contemporânea, das gradativas tentativas de “modernização” de sistemas de catalogação e o papel do bibliotecário frente às mudanças ocorridas no ambiente externo. Ele explana isso traçando um paralelo entre o mítico Prometeu e a função do bibliotecário, que consistiam em “livrar” o homem das tentações dos textos apelativos. Battles citou ainda, alguns “precursores” que contribuíram ativamente para que as bibliotecas, de um modo geral, pudessem desenvolver-se. Foram eles: o italiano Antônio Panizzi e seu inovador catálogo em Londres; Melville Louis Kossuth Dewey que no noroeste de Nova Yorque, sob um clima de revoluções religiosas, exercia as funções, além de bibliotecário, agia como educador. Tudo isso com um ligeiro moralismo. Mas o prenúncio do pouco tempo de vida que ainda lhe restara, serviu como “acelerador” para a elaboração das metodologias de Dewey. Sua postura agora era mais dinâmica: não desperdiçava tempo, o que ocasionou mais tarde, dentre outras coisas, no conhecido e, ainda muito difundido, Sistema Decimal.É notável também o desenvolvimento da biblioteca a partir da difusão da imprensa, foi de vital importância para a sobrevivência dessas instituições, pois a degradação dos escritos se faziam presentes além da necessidade da demanda cada vez maior em um “novo mundo de leitores”. Outro fator que contribui para esse processo de “sobrevivência” da mesma foi o Depósito Legal, ainda que pouco respeitado.A junção do desenvolvimento dos métodos de armazenamento e dos sistemas de metodologias classificatórias, do aprimoramento das estruturas, descoberta de novos materiais, bem como a evolução e constante busca do respeito pela função de bibliotecário parece estar crescente desde esse período. O autor faz um “chamamento” indireto para que observemos, de forma concisa, e, ao mesmo tempo muito clara, da importância dessa instituição (biblioteca) para o desenvolvimento da sociedade Ocidental. (Resumido por Clériston Ribeiro Ramos*)*E-mail:
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