No Brasil, as bibliotecas não chegaram a desenvolver-se, cresceram de modo desordenado. É preciso que o bibliotecário atente a essa questão, pois talvez a falta de uma política de desenvolvimento de coleções seja um “ponto contra” os bibliotecários no trato com entidades governamentais ou superiores hierárquicos. Nos EUA, por volta dos anos 70, a verba a ser empregada, em acervos e espaço físico, era tamanho que não se preocupavam com a questão da qualidade das coleções, foi isso que desencadeou o processo de busca por alternativas que atenuassem essa prerrogativa. Os bibliotecários brasileiros tratam com indiferença o desenvolvimento de coleções, portanto, nota-se falha dos profissionais e de sua formação. Porém, em 1984, inserido o currículo mínimo, foi incluída a matéria de Formação e Desenvolvimento de Coleções, um avanço no tratamento do assunto. É necessário atentar nesse processo aos recursos da biblioteca, necessidades dos usuários e comunidade a ser servida. Essa observação varia dependendo do tipo de biblioteca. Não se pode mais utilizar a desculpa de falta de tempo, o desenvolvimento de bibliotecas deverá ser considerado uma atividade constante empregada pelo bibliotecário. Algumas das razões para o estabelecimento da política de coleções são: oportunidade de avaliação e reflexão; garante uma coleção consistente e proporciona crescimento balanceado dos recursos disponíveis.
(Resumido por Clériston Ribeiro Ramos*)
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