Células estaminais tratam músculos distrofiados
(Helen Pearson)
Distrofias musculares, que fazem com que os músculos se desgastem gradualmente, são causadas por desordens genéticas. As células estaminais dos vasos sanguíneos têm ajudado a tratar a distrofia muscular, permitindo às vítimas caminhar normalmente, quando testadas em cães. A distrofia muscular de Duchenne (também conhecida como doença de Duchenne ou miopatia pseudo-hipertrófica de Duchenne), a forma mais comum de distrofia muscular, é causada por mutações no gene que codifica a proteína distrofina, levando à paralisia e à morte. Testes têm sugerido que um tipo de célula estaminal, o mesangioblasto (presente na parede dos vasos sanguíneos e com capacidade para originar células musculares) é benéfico no tratamento desta desordem em ratos. Com base nisto, a equipa de investigação liderada por Giulio Cossu, do Instituto Científico San Raffaele em Milão, Itália, estudaram o efeito das células estaminais em cães da raça Golden Retriever, um modelo animal muito próximo das condições humanas. Em seguida, injectaram numerosas células em cães doentes em cinco doses mensais e os cães tratados puderam caminhar muito melhor. A equipa diz ter já identificado as células estaminais humanas equivalentes e que os testes em humanos doentes devem começar em 2007. A vantagem de usar mesangioblastos é puderem ser injectados na corrente sanguínea e levados a todos os músculos do corpo, ao passo que as células estaminais do músculo ou da medula óssea ou só podem originar algumas fibras musculares ou têm de ser injectadas directamente em cada músculo.
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