O Livreiro de Cabul
(Seierstad; Asne)
o LIVREIRO de CABUL autor: Asne Seierstad Todos, que pudessem, deveriam ler esse livro, se não gostar, pelo menos, aprenderiam sobre outra cultura, o que já seria de todo louvável. O Livreiro de Cabul: nos mostra, em primeiro plano, que não basta, ter cultura, dinheiro, possibilidades,éurgente usar a cultura para gerar cultura, é preciso, antes de tudo, abdicar de regras e normas sociais, ou remodelá-las, otimizando, flexibilizando para que não oprima os cidadãos, não lhes tire os sonhos, os desejos, as aspirações e permita a todos, homens e mulheres, liberdade, de ir e vir, de escolha e de pensamento. Sultan klan: é afegão, dono de uma livraria, homem culto, engenheiro de profissão, fala inglês, viaja muito,considerado rico, é casado, tem 2 esposas, filhos, irmãs, o irmão a mãe e alguns primos, todos morando com ele e dependendo dele para ter trabalho, casa e comida. Ele é um homem do seu tempo, reage, vive e trabalha conforme a tradição afegã é um tirano com a família, sendo dele a decisão sobre qualquer assunto que diga respeito a de cada membro da família, quer seja dos filhos, das esposas, dos primos,e até mesmo da mãe.Ele decide quem,quando e quanto trabalha, cada um dos seus subalternos, mesmo que seja filho. Sharifa: mãe dos seus primeiros filhos é rapidamente deixada de lado, assim que ele percebe que ela envelhece.Sharifa sofre, sente-se humilhada, mas nenhuma lágrima derramada impede Sultan khan de casar-se como uma moça de 16 anos e leva-la para conviver com a família. No Afeganistão é comum um homem ter duas ou mais esposas é comum, também o marido decidir sobre a vida ou a morte da mulher. Ainda hoje, o crime de adultério é pago com muito sangue, sempre sangue da mulher, muitas vezes, é pessoas da família que mata a adultera. O maior sonho de Sultan Khan é ter uma livraria com mais de dez mil volumes, onde conte toda história do Afeganistão, com poesias, lendas, contos infantis.para realizar esse sonho, ele escraviza os próprios filhos, impedindo-os de estudar, tira-os da escola e os faz trabalhar 12h por dia, nas librarias que vai montando. Interessante notar, que mesmo as mulheres, quando estão longe do Sultan Klan, tentam oprimir e intimidar as outras mulheres, com ameaças, com ironias, até com desprezo. Se uma moça, ao chegar perto dos 16 anos, não for pedida em casamento ela será tratada como escrava da família, pois será tratada como algo imprestável, uma pessoa que vive de migalhas, que pode ser dispensada a qualquer momento. Shakila, irmã de Sultan, uma mulher que trabalhou, lecionou numa escola, que usou roupas da moda ocidental e agora tinha sido dada em casamento ao viúvo Wakil, pai de 10 filhos. Quem faz os acertos para o casamento é a mãe de Shakila, aceita a oferta e comunica a todos a decisão. O uso da burca, nenhuma mulher pode sair sem estar escondida sob a burca, nem desacompanhada, é proibido a mulher sentar-se nas poltronas da frente em um ônibus e num táxi, ela poderá viajar até no porta malas, quando um homem estiver no mesmo táxi, só pode sentar-se perto de um homem se ele for da família.Algumas mulheres até gostam de usar a burca, pois sentem seguras, protegidas, quando estão escondidas sob ela. Apesar de toda proibição, de toda lei e regras desumanas, a mulher afegã, pensa no amor, pensa na família, pensa muito em trabalhar para ajudar no sustento dos filhos é uma mulher, sensual, que sonha em ter direito a escolhas e a decisões próprias, a caminhar sozinha e a decidir qual caminho seguir. No Afeganistão, as leis são mais severas para a mulher do que para o homem, a sociedade ainda é patriarcal e a mulher, muitas vezes, é tratada com menos consideração do que se fosse um animal. Décadas de guerra, desentendimentos entre as várias facções de afegãos, comunismo russoe por último o Taliban, tornou o Afeganistão um país esfacelado onde ficou difícil viver, porém os afegãos continuam tendo esperanças de um dia reconstruir o país e voltar a ser cidadão de respeito. Nesse livro, escrito pelajovem norueguesa, Asne Seierstad, apesar da visão ocidental, sentimos que a mulher, em qualquer parte do mundo, sonha os mesmo sonhos, sonha com maternidade, com família, com trabalho, com dignidade com vida decente e sonha também em crescer com estudos e cultura, garantindo a si e aos seus semelhantes, melhor qualidade de vida.
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