Resumo de O Inimigo Íntimo - George R. Bach; Peter Wyden

Este livro é sobre todos os que não conseguimos deixar de entrar em conflito. Buch e Wyden, que dirigem o Instituto de Psicoterapia de Grupo, em 450 North Bedford Drive, Beverly Hills, California, aceitam que o conflito verbal no casal constitui não só uma parte vital da relação, como também é aceitável, construtivo e até altamente desejável. Porquê? De acordo com eles, os casais de relação estável são aqueles que lutam juntos e se mantêm unidos, discutindo os seus problemas de uma forma construtiva. Com vinte e cinco anos de experiência, devem saber do que estão a falar. Afirmam que a agressividade é uma força vital positiva quando canalizada adequeadamente e não "controlada", deslocada, reprimida ou suprimida. De acordo com Bach e Wyden, a agressão e a raiva fazem parte da nossa vida tanto quanto o impulso sexual. Mas não precisamos de ser escravos dessas emoções. Ambas podem ser transformadas em energia positiva se aprendermos a geri-las. A capacidade positiva de exprimir a agressividade é mais importante no estreitamento dos laços de intimidade no casal do que apenas o seu lado amoroso e querido. Os autores defendem que vivemos numa idade do gelo psicológica. Ansiamos por proximidade, mas somos incapazes de a aguentar. A Proximidade entre casais, amigos, pais e filhos, tal como muitas espécies de animais e plantas, também está em extinção. Constitui uma ameaça tão severa para a humanidade quanto o terrorismo nuclear, o urbanismo, o automatismo, etc. Culpam a falta de proximidade entre pais e filhos pelo conflito de gerações. A falta de proximidade priva as crianças emocionalmente, quando não a aprendem nem a partilham na familia. O Sistema de Bach e Wyden assemelha-se mais à dança, uma capacidade de cooperação comparável a uma dança a pares ou de grupo. Não é confortável nem fácil para todos. Sugerem algumas formas pouco convencionais e estimulantes de dominar os impulsos individuais. Exigem flexibilidade, paciência e uma grande dose de boa vontade. Também é muito importante ser capaz de aceitar a razão e a mudança, abrindo-lhes os corações e as mentes. Afirmam que o seu sistema é uma ferramenta que pode enriquecer não só a vida dos casais como pode também ser o primeiro passo para aplacar as emoções violentas que provocam os assassínios e os conflitos entre nações. Bach e Wyden desenvolveram uma série de exercícios experimentais que fornecem apenas o formato e o enquadramento. Como cada briga é diferente e imprevisível, adoptam o método de tentativa e erro na resolução de conflitos e deixam as pessoas fazer as suas próprias descobertas. Limitam-se a treinar atributos e a oferecer indicações para civilizar e formalizar a raiva impulsiva. Oferecem um curso standard de treino de confronto com 13 sessões ao longo de 3 meses. Uma sessão semanal tem a duração de quatro horas. A preocupação genuína de melhorar a relação gera melhores resultados.Bach e Wyden admitem que a terapia que desenvolvem não é bem sucedida em todos os casos. Demasiados maridos, mulheres e outros falharam na obtenção dos resultados possíveis e desejados devido às suas próprias fraquezas e falhas. A causa mais provável para o fracasso das pessoas é a sua incapacidade de por de parte as suas inibições e máscaras. Alguns casais param com a terapia porque um deles desiste, obrigando o outro a desistir também. Mas a principal causa de fracasso é a incapacidade de compreender que, tal como o amor e o ódio, a intimidade e a agressividade estão intimamente ligadas.Os conteúdos debruçam-se sobre uma grande variedade de tópicos de discussão na intimidade tais como: Porque razão as pessoas íntimas têm de discutir. Porque é que a Intimidade tem de ser aprendida. Treinar falhados a ser lutadores. Como discutir de forma correcta. Estilos de discussão femininos e masculinos. Discussões no namoro. Discutir antes, durante e depois do sexo. Discussões familiares. Discussões com crianças. Quando os filhos também discutem. Manifesto pela Vida Intima. Os autores advogam a causa da intimidade para lidar com o caos e a desordem. Todos nós, por esse mundo fora, seriamos mais felizes e colheriamos benefícios se cultivassemos a proximidade de forma positiva. De acordo com os autores, a proximidade positiva e realista sinceramente praticada por todos nós evitaria o desenvolvimento de grupos de ódio, motins, assassínios, crimes e até guerras. Não permitiriamos que os governantes explorassem a nossa necessidade de libertação da agressividade. Podemos permitir que a idade do gelo psicológica, que cria desumanidade, apatia e alienação, nos domine? Cultivar a proximidade entre nós é a única alternativa. A escolha é nossa. Bach e Wyden sugerem-nos um caminho.

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