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Fibromialgia
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Os sintomas de Inês Lopes apareceram há quatro anos. Dores, cansaço, mas sobretudo um quadro doloroso, uma espécie de «moinha» que fustiga todo o corpo. «É uma ‘companheira’ que está cá sempre», ironiza esta licenciada em design pelo IADE. Descobriu que sofria de fibromialgia após uma gripe. «Depois disso, os sintomas ficaram, nomea­damente as dores musculares e dores de cabeça. À medida que os dias foram passando, a intensidade foi aumentando. As dores tornaram-se cada vez mais incomodativas e limitativas.» Os sintomas agravaram, outros já os sentia mas não lhes prestava especial atenção, como as perturbações do sono. No resto, descobriu que as dores da gripe se perpetuam e também que podem ser definidas como aquelas que a pessoa sente na «ressaca» de um exercício físico extenuante. «Acordamos todos os dias assim e assim nos deitamos. Esse é estado normal», afirma Inês. Por vezes é impossível suportar a dor aguda, que é desenvolvida, por exemplo, devido a demasiado tempo em pé ou sentada. «Não consigo conduzir mais do que meia hora. Doem-me os joelhos ou as ancas, o que me impede de lidar com a embraiagem do carro ou travar. Geralmente faço percursos pequenos. Como ‘pendura’ sinto-me melhor, porque vou mudando de posição, sempre que fico desconfortável.» Aos 27 anos, como qualquer outro doente, Inês já adquiriu estratégias para evitar a dor aguda e incapacitante. Mas «há dias em que acordamos e não nos conseguimos mexer ou andar», conta Inês, que não revela não recuperar, mesmo depois do período nocturno de descanso, em que uma pessoa normal repõe as energias para o dia seguinte. Inês trabalhava num atelier de design, quando soube da doença. Com um curso superior do IADE, viu-se obrigada a abandonar o emprego. Agora é secretária da Direcção da Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica – Myos, presidida pela ex-jornalista da RTP Maria Elisa Domingues, que também é doente. «Não conseguia ficar 12 horas seguidas sentada ao computador. É difícil nestas condições manter um trabalho certo. A pessoa pode continuar a ser produtiva e activa. Mas o difícil é sê-lo quando os outros querem.» «Provavelmente, consigo trabalhar oito horas por dia. Mas não posso fazê-lo das 9 às 17. É difícil cumprir horários rígidos. Muitas vezes começo às 11 da manhã. Outras vezes posso ficar a trabalhar até às cinco da manhã», confessa. Aqui entra em jogo a incompreensão que Inês diz existir em relação às pessoas que partilham a sua vida com a fibromialgia. «Há, por vezes, tendência a desacreditar, porque não há nada que comprove o sofrimento de quem está afectado. Por outro lado, há também quem esconda o seu problema. Ao chegar a casa às vezes cai tudo. Atinge-se o limite», diz Inês. Um preço a pagar para escapar à teia da discriminação ou da inferiorização perante a sociedade. Esta doença atinge entre 2% a 5% da população adulta, sendo que entre 80% a 90% serão mulheres entre os 20 e os 50 anos.



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