Resumo de Futebol Brasileiro - Do Lixo Nasce Um Craque

No Brasil, futebol e lixo são quase sinônimos!O Brasil produz cerca de 230 mil toneladas de lixo por dia. Isso equivale a duas filas de caminhões de lixo de 5 toneladas, ocupando o espaço de dez pontes Rio-Niterói. Cada brasileiro gera diariamente, em média, 500 gramas de lixo. Esse número pode chegar a 1 Kg, dependendo do poder aquisitivo e do local onde se vive. Só em São Paulo são produzidas 12 mil toneladas diárias. Estes são dados obtidos no site www.limpurb.sp.gov.br, da Limpurb, órgão responsável pelo sistema de limpeza da capital municipal paulista.Todo o material descartado e que se transforma em lixo nas grandes cidades pode, em larga escala, ser recuperado como matéria-prima e reutilizado na fabricação de novos produtos. A isso damos o nome de reciclagem.Você sabia que 40% do que compramos é lixo? É exatamente onde as cooperativas de catadores de lixo fazem o seu papel, praticando a reinclusão social de pessoas que estão à margem, desempregadas, sem teto, sem estudo, sem alimentação e saneamento básico, enfim, desconectadas do convívio social e da sociedade. É através da seleção do lixo, tirando dele o que pode ser reaproveitado, que as pessoas tiram o seu sustento e readquirem a sua dignidade.No futebol, é exatamente assim que acontece. A quantidade de garotos que tem habilidade com a bola é tão grande, no entanto, apenas uma insignificante porcentagem destes é destinado adequadamente no rumo do esporte mais popular do Brasil.O restante destas pessoas é colocada na lata de lixo e ficam vagando daqui para ali, pelos poucos campos de terra batida, “jogando a sua bolinha”, pois é o pouco que lhes resta a fazer, uma vez tratarem-se de pessoas que, em geral, já abandonaram seus estudos e também estão desempregados, à disposição de qualquer coisa que apareça, inclusive envolvimento com drogas, bandidagem, etc. .. Estão ficando à margem da sociedade, enfim.Assim como na coleta seletiva de lixo, onde existe o material que servirá apenas para adubo orgânico, alguns que são recuperados, rendendo alguns centavos de Real por quilo de material e outros, como a latinha de alumínio, considerado ouro no nosso lixo, custando pouco mais de R$ 2,00 por quilo; no futebol também se seleciona os boleiros desta mesma forma, quando um procurador, um agente ou mesmo um olheiro vê um menino batendo a sua bolinha e o convida para fazer um teste num clube. Dentre estes “peladeiros” existirão aqueles que nunca serão vistos e que continuarão à margem; encontrar-se-ão aqueles que serão jogadores medianos e; vez por outra, surgirão “latinhas de alumínio”, aqueles que vão gerar, assim, muita renda para todos.E então, surge um craque!...

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